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Geral Os cinco fatores que podem levar Donald Trump a reverter desvantagem nas pesquisas e vencer a eleição nos Estados Unidos

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Em busca da reeleição, Trump chega a esse momento em condição ligeiramente mais favorável. (Foto: Tia Dufour/The White House)

Em busca da reeleição, o presidente Donald Trump chega a esse momento em condição ligeiramente mais favorável do que estava há algumas semanas. Nos últimos dez dias, a campanha do republicano foi capaz de interromper uma tendência de alta na vantagem que Joe Biden, seu rival democrata, abria sobre Trump desde o início de agosto. No agregado de pesquisas nacionais do site FiveThirtyEight, a margem de Biden sobre Trump caiu de 9,3 pontos percentuais para 7,5, uma redução de quase dois pontos. Ao mesmo tempo, a aprovação do presidente passou de 40,2%, no fim de julho, para 43,2% agora, uma melhora de três pontos percentuais.

Analistas políticos têm listado o que consideram ser características de Trump que podem colocá-lo por mais um mandato como o presidente dos Estados Unidos, ainda que hoje ele não apareça como favorito.

1) Entusiasmo do eleitor para ir às urnas: Diferentemente do Brasil, o voto nos Estados Unidos não é obrigatório. E isso muda tudo. Os candidatos não precisam apenas convencer os eleitores de que têm o melhor programa de governo ou de que serão seu melhor representante, mas têm de animá-los a sair de casa (ou do trabalho) e ir à urna votar.

A eleição presidencial americana acontece em dia comercial (uma terça-feira) e normalmente demanda paciência dos eleitores, que precisam esperar na fila pela sua vez de chegar à urna. Em 2020, além das filas, os eleitores terão ainda que encarar o risco de se contaminar com covid-19.

Não é pouca coisa a enfrentar para exercer o direito de escolher o próximo mandatário. E por isso os institutos de pesquisa costumam perguntar aos eleitores o quão animados eles estão em se apresentar às urnas. É nesse quesito que os apoiadores de Trump batem de goleada os de Biden.

Perguntados pelo Instituto YouGov em julho sobre seu grau de apoio ao candidato que escolheram, 40% dos eleitores de Biden se disseram entusiasmados enquanto que 68% dos de Trump responderam o mesmo.

O instituto também quis saber quão empolgados os eleitores estavam para ir às urnas em novembro. Entre os eleitores de Trump 76% disseram-se muito empolgados e apenas 11% admitiram que poderiam não comparecer. Enquanto que no caso de Biden, 69% estavam animados e 16% não.

2) Trump segue se vendendo como um outsider: “Até 2016 eu jamais havia votado, nem me interessava por política. Mas quando Trump surgiu, eu senti que ele era diferente, quis apoiar, votei pela primeira vez na vida e vou votar nele de novo agora”, afirma Robert Leeds, eleitor de Trump de 47 anos que vive em Daphne, cidade de 25 mil habitantes no Estado do Alabama, onde Trump venceu em 2016 com 62% dos votos.

Leeds, que trabalha como carpinteiro e motorista de aplicativo, é exemplar de um grupo de pessoas alheias à política até recentemente, quando Trump as atraiu para o processo eleitoral ao se apresentar como um outsider.

Ao mesmo tempo em que se caracteriza como deslocado da política, Trump repete que seu opositor, Joe Biden, tem quase 40 anos de carreira pública – com seis mandatos ao Senado e mais 8 anos como vice-presidente. E que em todo esse período não produziu um legado marcante. A ideia é aumentar a rejeição de Biden junto à população ao caracterizá-lo como uma dessas criaturas que habitam o “pântano” da capital.

3) Presença online desproporcional: “Ouçam, liberais. Se vocês acham que Donald Trump não pode ser reeleito em novembro, vocês precisam passar mais tempo no Facebook”. O alerta é de Kevin Roose, colunista de tecnologia do jornal americano The New York Times.

Desde 2016, Roose rastreia manifestações partidárias nas redes sociais. De acordo com ele, a maior parte dos dias, os dez posts de Facebook mais populares na rede são todos (ou quase) de conservadores e/ou republicanos trumpistas.

Embora ninguém saiba precisar o tamanho do impacto da teia de posts virais, a internet se tornou arena de batalha decisiva nas disputas eleitorais e nada indica que em 2020 será diferente.

4) Condição de determinar a agenda: Voto pelo correio pode ter fraude, violência nas cidades saiu do controle, eleitores devem votar duas vezes, vai ter vacina de covid-19 antes da eleição, talvez fosse melhor adiar o pleito. Todas essas ideias foram propostas ou defendidas por Trump nas últimas semanas e imediatamente tomaram as páginas da imprensa e as redes sociais.

Como notou a revista The Economist, Trump tem demonstrado a habilidade de pautar as discussões públicas, mesmo em desvantagem nas pesquisas.

5) Domínio sobre a máquina: Trump tem ainda a seu favor um elemento que costuma representar vantagem para qualquer governante que queira se reeleger em qualquer parte do mundo: a máquina do governo nas mãos.

No caso de Trump, na atual situação, isso se traduz em determinar a aceleração do licenciamento da vacina anti-covid e o escopo das medidas de auxílio emergencial, que tem trazido alívio à economia americana. As informações são da BBC News.

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