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Carlos Alberto Chiarelli Os crimes em nome de Deus

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A madrugada silente e traiçoeira.

Na incontinência, vezes sem conta, se mostravam de uma piedade que nos fazia consagrar a cobrança quase mercantil de apoio a quem se desencontrasse das retas e curvas e nas quais trafega nossa esperança e, às vezes, nosso desespero. No ontem, cuja cenas cruentas para contar os méritos de um cidadão valioso que, no mar revolto das incontinências, frenético, passou a fazer o que não fazia e na rota invertida do desacerto e na aspiração criativa ensejou condições a quem NÃO FAZIA MAIS O QUE COSTUMAVA FAZER.

Olhando para os olhos do meu gato – que tem o ar rigoroso de um inflexível, que ele não é –, descobri que Israel (uma lenda e um padrão de fé), tido e havido por ter um sistema de segurança em formação, que, surpreendendo a real qualidade, passou a ser frágil. Quando enfrentava a força do novo tempo ante essa frustração, Israel, pelo que não fez agora (inexplicável a desatenção bem maior do que o alegado mínimo), não conseguiu ter a informação militar que, no caso, seria e foi fundamental. Não há dúvidas que a fragilidade da organização de segurança judaica perdera toda sua liderança e acabara, também ela, assumindo os desacertos e a enfermidade da corrupção do governo Netanyahu.

Israel não foi o exemplar vigente: totalmente desajustado, descuidou-se da situação das linhas fronteiriças (principalmente das que chegaram até os confins territoriais da faixa de Gaza). A tal ponto, na atualidade, a omissão defensiva judaica, que era tema sabido, mostrava que os judeus viviam em um governo que se sustentava pelo que fora obrigado a manter viva, enquanto possível, a imagem da segurança.

A linha de separação de todos conhecida que respondia muito mais pela moldura, e há bom tempo incapaz de cumprir suas mínimas obrigações, foi vencida pelo trabalho de vigilância e informação do Hamas. Sem a mesma fama, fez um trabalho de pesquisa dos mais minuciosos, colhendo os dados que lhe permitiram saber que o governo de Israel passara a ser um centro de corrupção, de descompromisso com a idoneidade e com a incapacidade profissional.

Israel vivia com uma administração onde os políticos, especialmente dos partidos mais fortes, não eram protagonistas de uma atividade em favor do bem comum, e sim agentes negocistas comissionados – mais bem pagos quanto maior o poder que tinham. O que se pensava, a nível de informação técnica, e que se acreditava ser sabido pela opinião pública, constatou-se que, em geral, estava dela sonegado.

Na verdade, a população, paulatinamente, foi sabendo que, em geral, vivia da renda, que é crença sem prova de verdade. O desempenho de Israel nos faz perguntar: para crer, se precisa a verdade antecipada ou a fé?

 

Carlos Alberto Chiarelli foi ministro da Educação e ministro da Integração Internacional

E-mails para carolchiarelli@hotmail.com

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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