Sábado, 16 de novembro de 2024
Por Ronaldo Emer | 10 de janeiro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
No final do ano de 2023, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) aprovou orçamento de R$ 117,65 bilhões para políticas públicas de habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana.
A notícia aponta uma maior disponibilidade de crédito para a aquisição de imóveis urbanos e rurais, o que aquece o mercado imobiliário.
Todavia, existem alguns entraves econômicos que podem trazer desafios e riscos para o setor como um todo. Neste ponto, destaca-se a taxa de juros, a qual poderá ter algum tipo de redução, a taxa Selic e ao mesmo tempo o impacto da inflação, a qual estaria sob relativo controle.
Existe ainda a influência da mão de obra empregada, os custos dos insumos, como materiais de construção e as irregularidades dos terrenos. Tudo isso pode de alguma forma direcionar e impactar o mercado imobiliário.
Além da compra e venda de imóveis, percebe-se um crescimento no país de locação de imóveis. Conforme estudos e pesquisas recentes da PNAD (pesquisa nacional por amostra de domicílios), aproximadamente 21% da população brasileira mora de aluguel.
Um grande desafio a enfrentar é a inadimplência dos aluguéis. De fato, o risco do negócio existe e não pode ser despercebido pelas imobiliárias e empresas do ramo de locações, como empreendimentos multifamily.
As propriedades multifamily são empreendimentos imobiliários e consistem em várias residências: apartamentos e/ou casas. Tais imóveis são de propriedade de um único proprietário e são utilizados, por exemplo, para locação.
Diante de tal cenário, é importante para os profissionais da área imobiliária, seja na compra e venda de imóveis ou na locação de imóveis, estarem preparados para alavancar os negócios e na captação de clientes.
Neste ponto é a digitalização dos negócios que está ganhando força, ou seja, usar a tecnologia e a inteligência artificial em benefício dos negócios, sem deixar de lado o contato humano com as pessoas, elemento ainda essencial para aproximação e fechamento de contratos.
É notável também que os consumidores e os investidores nacionais e estrangeiros estão buscando imóveis que adotem soluções sustentáveis, desde o uso de recursos que controlam a distribuição de água e energia nos empreendimentos e até o design com foco na sustentabilidade. É a nova realidade e tal concepção acaba agregando valorização nos imóveis.
De outro lado, vale destacar o campo jurídico: o surgimento do Marco Legal das Garantias e do chamado Home Equity. Tais possibilidades estão contribuindo para o crescimento do mercado imobiliário referente à aquisição de imóveis.
Portanto, em 2024 e nos próximos anos, o mercado imobiliário brasileiro está e estará experimentando uma transformação significativa, fazendo por abrir novas oportunidades e desafios para todos os envolvidos, somado a existência de novos negócios como, por exemplo, a tokenização de imóveis envolvendo a tecnologia blockchain.
Ronaldo Emer (@ronaldoemer). Membro Grupo Líderes. Advogado e consultor jurídico.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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