O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, advertiu neste sábado (28) a Coreia do Norte que qualquer ataque nuclear ao território do seu país ou ao dos seus aliados receberá uma “resposta militar maciça”.
“Não se enganem, qualquer ataque aos Estados Unidos ou a seus aliados, será derrotado”, disse Mattis ao final da reunião consultiva que Washington e Seul realizam anualmente, e após a qual afirmou que “qualquer uso de armas nucleares encontrará uma resposta militar maciça”, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
“A Coreia do Norte aumentou suas ameaças e acelerou seus programas de armas inutilmente”, afirmou Mattis, advertindo que, em caso de ataque, o Exército de Pyongyang não seria rival para a defesa combinada de Washington e Seul.
Mattis afirmou que a aliança das duas potências é a “pedra fundamental” dos esforços para resistir os atos desestabilizadores da Coreia do Norte, que está reduzindo sua própria segurança com ameaças nucleares.
Mattis se mostrou, apesar disso, contra a multiplicação de armas nucleares táticas na Coreia, lembrando os esforços globais pela não proliferação deste tipo de força, cujo máximo expoente, a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares, foi ganhou o Nobel da Paz deste ano.
Ele ressaltou que a diplomacia continua a ser a alternativa preferida. “Mas nossos diplomatas são mais efetivos quando são suportados por força militar”, alertou.
O ministro da Defesa sul-coreano, Song Young Moo, afirmou, durante coletiva conjunta com Mattis, que ambos concordaram em cooperar ainda mais no fortalecimento das capacidades de defesa de Seul.
Ele disse que as medidas incluem o aumento dos limites da carga útil dos mísseis convencionais da Coreia do Sul e o apoio à aquisição, por parte do país, de equipamentos militares mais avançados.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará sua primeira visita presidencial à Coreia do Sul na próxima semana, como parte de sua turnê na Ásia, que também inclui Japão, China, Vietnã e Filipinas.
Trump chegou à Casa Branca declarando seu compromisso em resolver a crise norte-coreana e garantindo que teria o êxito que seus antecessores não tiveram. Seu governo já tentou pressiona a Coreia do Norte com sanções no Conselho de Segurança da ONU e outros esforços diplomáticos, mas o regime asiático não recuou em seu objetivo de conseguir um arsenal nuclear com mísseis capazes de alcançar o território continental americano.
Se Trump mantiver sua promessa de impedir o avanço nuclear da Coreia do Norte, algum dos lados terá de mudar de posição: seja um limite negociado sobre as ambições de Pyongyang ou que Washington aceite a Coreia do Norte como potência nuclear.
A outra alternativa seria uma ação militar americana para neutralizar ou eliminar os equipamentos nucleares norte-coreanos, uma possibilidade que traria altos riscos a Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos.