Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de janeiro de 2022
Causada pela variante ômicron, atual média de óbitos superou a do pico causado pela delta e está no maior patamar desde 15 de fevereiro de 2021
Foto: ReproduçãoO número de novos casos de Covid-19 já começam a desacelerar nos Estados Unidos, mas o país mais afetado pela pandemia agora sofre com uma escalada no número de mortes.
Os EUA registraram uma média de 603 mil novos infectados por dia nos últimos sete dias, uma queda de 25% em relação ao pico de 802 mil atingido no dia 15 (e bastante inferior ao recorde de 1,37 milhão de novos casos registrados no dia 10).
Mas a variante ômicron não tem se mostrado menos letal do que outras cepas do coronavírus, e a média móvel de mortes nos EUA, que já estava em trajetória de alta desde o fim de novembro, ganhou tração e superou os 2,3 mil óbitos na quarta-feira (26).
É o maior patamar desde 15 de fevereiro de 2021, há quase um ano, superando inclusive o pico de mortes causado pela variante delta, de 2,1 mil no fim de setembro. Apesar da alta no número de mortes, ela ainda está abaixo do recorde atingido em 13 de janeiro de 2020 (3,4 mil) e as hospitalizações parecem ter atingido um platô, de cerca de 155 mil por dia, segundo o jornal The New York Times.
Os EUA são o país mais afetado do mundo pelo novo coronavírus, com 876 mil mortes e 72,9 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia. Na sequência vêm o Brasil (624 mil óbitos e 24,5 milhões, respectivamente) e Índia (491 mil e 40,3 milhões).
O país também sofre com o problema da vacinação contra a Covid-19, pois uma grande parte da população ainda recusa a imunização — e as pesquisas têm mostrado que, apesar de as vacinas não evitarem o contágio do vírus, elas diminuem drasticamente o risco de um infectado morrer.
Cerca de 75% dos americanos já receberam ao menos uma dose dos imunizantes disponíveis e 63% estão completamente vacinados contra o vírus, um patamar inferior ao de países que começaram suas campanhas muito depois, como o Brasil (79% e 69%, respectivamente) ou o Japão (80% e 79%).