Sábado, 26 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2020
Os Estados Unidos chegaram a 10 milhões de casos de covid-19, equivalentes a cerca de um quinto do total mundial, segundo a universidade americana Johns Hopkins, e 230 mil óbitos. Em segundo lugar, vem a Índia, com 8,5 milhões de casos, e o Brasil (cerca de 5,6 milhões). O mundo bateu o recorde de 50 milhões de casos da covid.
O país registrou 1 milhão de casos novos do novo coronavírus em apenas 10 dias — a marca de 9 milhões de casos foi alcançada em 30 de outubro.
O Estado americano com a maior quantidade de casos é o Texas, com 992.741. Em seguida, aparecem a Califórnia (976.576), Flórida (843.897), Nova York (529.036) e Illinois (498.560).
Força-tarefa
A equipe de transição do presidente eleito dos EUA , Joe Biden, anunciou nessa segunda-feira (9) o grupo de especialistas em saúde pública que formará seu conselho consultivo sobre o novo coronavírus.
Entre os nomes está o do imunologista Rick Bright, um ex-membro do governo de Donald Trump que alega que seus primeiros alertas sobre a pandemia foram ignorados e levaram a sua demissão.
A inclusão de Bright, que disse ter sido recebido com ceticismo por funcionários do governo Trump quando levantou preocupações no início da pandemia sobre a escassez de suprimentos críticos, é um sinal claro da direção contrastante que Biden pretende tomar na forma como trata a pandemia.
Revelar os membros da força-tarefa da pandemia é o primeiro grande anúncio da transição, destacando a importância para o presidente eleito no combate ao vírus que já matou mais de 230 mil pessoas nos Estados Unidos.
A força-tarefa será comandada pelo ex-cirurgião-geral Vivek Murthy, o ex-comissário da Food and Drug Administration (FDA) David Kessler e a Dra. Marcella Nunez-Smith da Universidade de Yale.
Entre os outros treze membros estão a brasileira Luciana Borio, pesquisadora sênior de saúde global do Conselho de Relações Exteriores e o Zeke Emanuel, um dos arquitetos do Affordable Care Act, conhecido como Obamacare, e ex-conselheiro de saúde de Barack Obama.
Biden prometeu repetidamente durante a campanha que ouviria os conselhos de cientistas e especialistas em saúde pública sobre a pandemia se fosse eleito presidente e criticou a forma como Trump tratou o combate ao vírus.
Em seus primeiros comentários como presidente eleito, ele disse acreditar que o mandato conferido pelo povo americano inclui o comando “das forças da ciência e das forças da esperança nas grandes batalhas de nosso tempo”. A primeira batalha citada por Biden foi para controlar o vírus.
É uma reminiscência do foco que Biden e o ex-presidente Barack Obama dedicaram à economia quando conquistaram a Casa Branca há 12 anos em meio a uma profunda crise econômica.
Essa é a mentalidade que Biden está adotando em relação ao coronavírus, dizem os assessores, na esperança de tentar evitar o agravamento da pandemia antes de tomar posse em 20 de janeiro.
O coronavírus afetou a eleição presidencial e proporcionou uma divisão total na disputa, com Biden prometendo levar a pandemia a sério, enquanto Trump diminuiu a importância do vírus e muitas vezes se queixou de que estava ocupando muito o foco da campanha – até depois que ele mesmo contraiu a doença.
A proposta número um na lista de promessas de Biden é realizar mais testes e rastreamento de contatos.
Os testes aumentaram drasticamente desde os primeiros dias da pandemia, mas os cientistas dizem que os EUA precisam de dezenas de milhões de testes por dia para manter o país aberto com segurança e, mesmo após 10 meses de circulação do vírus, o que tem sido feito não é suficiente.
Biden promete que todos os americanos terão acesso a “testes regulares, confiáveis e gratuitos”.
Desde março, a administração Trump gastou bilhões para desenvolver e ampliar o desenvolvimento de potenciais vacinas e tratamentos contra a covid-19. Biden promete investir US$ 25 bilhões (cerca de R$ 134 bilhões) a mais para fabricar e distribuir vacinas para todos nos Estados Unidos gratuitamente.
A campanha de Biden também prometeu que terapias e medicamentos seriam “mais acessíveis” em seu governo.