Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 18 de abril de 2019
Nos próximos quatro anos, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos pretende usar a tecnologia de reconhecimento facial em 97% dos passageiros antes de eles embarcarem no voo, afirmou o site The Verge nesta quinta-feira (18). A tecnologia é polêmica: ativistas temem o uso de reconhecimento facial para monitoramento das pessoas pelo governo, além de práticas discriminatórias.
Segundo o site, o sistema dos EUA começou a ser usado em 2017 e, no final de 2018, estava operando em 15 aeroportos norte-americanos. Até agora, rastreando 15 mil voos com a tecnologia, o governo descobriu 7 mil passageiros que estavam ilegalmente no país. A ideia é usar o reconhecimento facial para identificar quem entra e quem sai do país, assim como identificar vistos que passaram do prazo.
A tecnologia é usada da seguinte forma: ao fotografar as pessoas no portão de embarque, o sistema cruza esse material com uma biblioteca cheia de imagens de rostos de pessoas que entraram com pedidos de visto e passaporte, bem como os que foram recolhidos por agentes de fronteira quando estrangeiros entram no país. O objetivo da plataforma é oferecer a “Saída Biométrica”, que dá às autoridades uma boa ideia tanto de quem está deixando o país, como quem está entrando, e permite que eles identifiquem pessoas que tenham seus vistos expirados.
Desde a introdução do sistema atual, o reconhecimento facial identificou 7.000 passageiros que tinham seus vistos vencidos nos 15 mil voos rastreados. O departamento de Clientes e Proteção de Fronteiras do país estima que mais de 600 mil visitantes ultrapassem o limite dos seus vistos todos os anos, uma infração cuja penalidade proíbe a pessoa de entrar nos EUA por 10 anos.
O banco de dados com informações da população é duramente criticado sob o argumento que essa prática fere a liberdade civil.
Requisitos de segurança
Autoridade Norte Americana de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita (aviation security) – TSA (Transportation Security Administration) –, exige, desde junho do ano passado, novos procedimentos de segurança para voos internacionais com destino aos Estados Unidos, que são aplicados pelas empresas aéreas nos aeroportos de origem, inclusive aeroportos brasileiros. As medidas são válidas apenas para o transporte de bagagem de mão.
Desde então, as empresas aéreas devem: Informar os passageiros sobre a proibição de embarque de substâncias em pó acima de 350 ml em bagagem de mão. Exceções feitas a leite em pó, medicamentos e produtos adquiridos em duty-free. Exemplos de produtos em pó: farinha, açúcar, café em pó, temperos, leite em pó e cosméticos. Ressalta-se que incluem materiais em pó em forma granulares ou compactados; e passageiros podem ter seus pertences de mão submetidos à inspeção de segurança pelo operador aéreo, conforme critérios de escolha do passageiro definido pelo TSA. (Essa medida já é prevista pelo TSA, desde 2017, para realização de inspeção de segurança. Trata-se, portanto, de um reforço).