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Por Redação O Sul | 25 de julho de 2022
Conforme as autoridades de saúde dos dois países, os pacientes passam bem.
Foto: ReproduçãoAmsterdã, na Holanda, registrou o diagnóstico de varíola dos macacos (monkeypox) em uma criança de menos de 10 anos. O relato do caso foi publicado na revista científica Eurosurveillance. Nos Estados Unidos também há casos em crianças – o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) anunciou dois diagnósticos, e a idade dos dois pacientes não foi revelada.
No caso holandês, o paciente foi diagnosticado após retornar de uma viagem, na qual passou uma semana na Turquia. Em um primeiro momento, os médicos acreditaram tratar-se de uma infecção de pele, pois a criança apresentava duas lesões, uma na mandíbula e outra na bochecha. Posteriormente, o número cresceu, e as lesões se espalharam pelo corpo. Então, o diagnóstico de varíola dos macacos foi confirmado com exames.
Após uma semana, a carga viral caiu para níveis não detectáveis, e o paciente teve uma recuperação total, conforme relataram os médicos. Autoridades de saúde holandesas rastrearam os contatos da criança e não identificaram pessoas com comprovação ou suspeita para infecção pela varíola, não identificando assim a fonte da contaminação.
Estados Unidos
Os dois casos infantis de monkeypox nos Estados Unidos foram revelados na última sexta-feira (22), pelo CDC. Uma das crianças reside no Estado da Califórnia e a outra não é residente do país.
Ambas estão recebendo tratamento e passam bem, segundo o comunicado do CDC. Os casos não estão relacionados entre si e são “provavelmente o resultado de transmissão doméstica”.
Durante uma conferência virtual, a vice-diretora da divisão de patógenos e patologia de alta consequência do CDC, Jennifer McQuiston, afirmou que não é uma surpresa que casos pediátricos de varíola tenham surgido nesse momento, mas acrescentou que “não há evidências até o momento de que estamos vendo esse vírus se espalhar para fora” das comunidades de gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), contudo, afirma que qualquer pessoa pode contrair ou transmitir a varíola dos macacos, independentemente de sua sexualidade, e que “estigmatizar as pessoas por causa de uma doença nunca é ok”.
A entidade reconheceu, no último sábado (23), que o surto de varíola dos macacos configura uma emergência global de saúde. De acordo com o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, já foram identificados mais de 16 mil casos da doença em 75 países, com registro de pelo menos cinco mortes.