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Os estrangeiros no Brasil podem ser vacinados antes

Somente em relação à segunda dose, há 786 mil pessoas em atraso. (Foto: Rodrigo Nunes/MS)

A julgar pela morosidade do governo federal, estrangeiros radicados no Brasil poderão ser vacinados antes mesmo dos brasileiros. Reino Unido e EUA já deram início à imunização.

Na União Europeia, onde a vacinação começará nos próximos dias, já há discussão para o envio de doses aos expatriados pelo mundo.

Desde que sejam de produtos aprovados pela Anvisa, as vacinas poderão ser mandadas para cá de acordo com o interesse de cada país em imunizar seus cidadãos assim que houver autorização. A informação é do colunista Lauro Jardim.

Teste

Uma portaria publicada pelo governo federal exige que brasileiros ou estrangeiros que quiserem entrar no país de avião apresentem um teste PCR com resultado negativo para Covid-19 ao embarcar. A medida começa a valer no próximo dia 30. O teste, a ser apresentado à companhia aérea, deverá ter sido feito até 72 horas antes.

A portaria também determina que o viajante assine uma declaração de saúde para concordar com as medidas de prevenção da Covid-19 que deverá seguir enquanto estiver no país. O texto não especifica quais são as medidas. O viajante que não cumprir as exigências da portaria estará sujeito a deportação, multas e inabilitação de eventual pedido de refúgio.

A portaria mantém regras que vêm sendo editadas desde o início da pandemia para restringir a entrada de estrangeiros por terra, água e ar. O ingresso é permitido em alguns casos específicos, como o de estrangeiros que tenham residência fixa no Brasil, tenham cônjuge brasileiro, viajem ao país para missão de organismo internacional e outros.

Uma nota técnica da agência já recomendava a apresentação de um teste negativo para Covid-19 antes da entrada no Brasil. Mas, até então, o governo vinha ignorando a orientação da Anvisa. Uma portaria publicada no dia 11, com regra para entrada de estrangeiros, não determinava a obrigatoriedade do exame.

São Paulo

O governo de São Paulo vai apresentar o pedido de registro da vacina Coronavac à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta semana, com mais de 90% de eficácia comprovada. Isso é o que propagam integrantes do governo paulista ouvidos pelo canal CNN. O pedido seria feito na semana passada mas foi adiado em uma semana. Tempo para concluir as pesquisas, entregar um material mais completo e pleitear o registro também na Anvisa chinesa, o que ainda não saiu.

Este índice pode colocar a Coronavac à frente, por exemplo, da vacina da AstraZeneca, produzida em parceria com a Universidade de Oxford, que precisou refazer os testes devido a variação de eficácia.

A vacina da Pfizer, por exemplo, alcançou 95% de desempenho, enquanto a da Moderna está em 94,5%. Até o momento, nenhum fabricante protocolou pedido de uso emergencial ou registro de vacina na Anvisa. A partir do momento que este pedido for apresentado, a agência se comprometeu a dar uma resposta em até 10 dias.

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