Terça-feira, 07 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de agosto de 2018
Os 34 feridos na explosão do gasômetro da Usiminas, em Ipatinga, no Vale do Aço, já receberam alta do hospital, segundo informou a empresa neste sábado (11).
A explosão aconteceu no início da tarde desta sexta-feira (10). O abalo provocado pela explosão chegou a ser registrado pelo observatório sismológico da Universidade de Brasília. O abalo foi de 1,86 grau na escala Richter, o que é considerado um tremor de baixa intensidade.
O presidente da Usiminas, Sérgio Leite de Andrade, afirmou na noite de sexta que a usina voltou a operar parcialmente, após algumas áreas serem liberadas pelo controle de segurança da empresa. A siderúrgica disse também entre as atividades retomadas está o despacho, a laminação a frio e a empresa de galvanização (Unigal).
O impacto foi sentido em vários bairros perto da Usiminas, segundo moradores.
Os funcionários deixaram a usina rapidamente. Os bombeiros foram chamados. De longe dava para ver que tinha muita fumaça. O maior dos 3 tanques ficou completamente destruído.
Trinta e quatro pessoas, entre funcionários e prestadores de serviço, foram levadas para o hospital, nenhuma em estado grave. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma teve ferimento no rosto, uma teve suspeita de intoxicação e, as demais, quadros de mal súbito decorrente de pânico ou inalação de gás.
O tanque que explodiu continha uma mistura de gases utilizada na produção de aço, denominada LDG (Linz Donawitz Gás), também chamado gás de aciaria. Os outros dois tanques idênticos, próximos ao que explodiu, foram “inertizados”. O material não é tóxico e o principal componente é o monóxido de carbono.
Segundo os bombeiros, medições feitas com aparelhos de leitura de gases comprovaram a segurança da área, não havendo, assim, a necessidade de retirada dos moradores de bairros próximos. Por medida de segurança a Polícia Militar retirou alunos de escolas próximas ao local. Em algumas não houve aulas. Várias lojas fecharam as portas. Neste sábado o comércio voltou a funcionar.
Uma equipe do núcleo de emergência ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente foi deslocada para o local, onde vai realizar uma avaliação sobre a situação e adotar as providências necessárias. Eles fizeram uma reunião com representantes da empresa neste sábado.
As causas do acidente são investigadas.
A empresa
A Usiminas iniciou as atividades na década de 1960. A então estatal foi privatizada na década de 1980. A empresa produz aço para indústrias automobilísticas, de implementos agrícolas e de eletrodomésticos, entre outras. A produção no segundo trimestre deste ano foi de 813 mil toneladas de aço.
A Usiminas afirmou, no comunicado deste sábado, que fez uma avaliação para averiguar se ainda há resquícios dos gases na área, mas concluiu não haver “registro de anormalidades, nem risco para a população”.