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Economia Os juros devem encerrar o ano em 11,75%, caindo a 9% no fim de 2024

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Levantamento mostra que é possível encontrar taxas entre 72% e 133% do CDI. (Foto: Reprodução)

Desde que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic para 13,25% ao ano, no início de agosto, confirmou-se a expectativa de que os ganhos de 1% ao mês na renda fixa estão com os dias contados. Segundo o Boletim Focus, os juros devem encerrar o ano em 11,75%, caindo a 9,0% no fim de 2024.

A perspectiva de queda da Selic significa que investimentos de renda fixa pós fixados, aqueles atrelados aos CDI, terão sua rentabilidade reduzida nos próximos meses. O próprio Tesouro Selic, considerado uma das aplicações financeiras mais seguras e que vinha sendo muito recomendado nos 12 meses em que a Selic ficou estacionada em 13,75% ao ano, verá seu rendimento diminuir.

Mas isso não significa que ainda não existam boas oportunidades na renda fixa. Adicionando um pouco mais de risco, o investidor consegue encontrar taxas atrativas em produtos como os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).

Por serem emitidos por instituições financeiras, e não pelo governo, esses ativos têm risco de crédito ligado aos emissores. Por isso, mesmo com a queda dos juros, oferecem taxas superiores às do Tesouro Direto. “A redução da Selic tem o mesmo impacto em todos os títulos de renda fixa, mas os títulos bancários geralmente apresentam rentabilidades mais altas por conta do risco de crédito”, explica Renan Suehasu, planejador financeiro CFP e sócio da A7 Capital. “Com a Selic em queda, pode ser que os investidores estejam dispostos a aumentar o risco para obter um retorno maior.”

Tributação

Levantamento feito pelo buscador de investimentos Yubb, a pedido do E-Investidor, mostra que é possível encontrar no mercado diferentes rentabilidades, a depender do tamanho da instituição emissora. Ativos de emissoras menores, cujo risco de crédito é maior, oferecem taxas de retorno mais elevadas.

Entre os CDBs emitidos por bancos grandes, as taxas variam de 72% do CDI a 94% do CDI. Nesse caso, o valor inicial da aplicação é de R$ 100, com prazos de vencimento entre 1 mês a 5 anos. Já entre os CDBs

Tamanho Títulos de bancos de menor porte, cujo risco de crédito é maior, oferecem taxas de retorno mais elevadas de bancos médios e pequenos, a rentabilidade é maior, sendo possível encontrar taxas entre 95% do CDI e 133% do CDI. Alguns desses ativos permitem investimentos a partir de R$ 1,00, com prazos de vencimento entre 1 mês e 9 anos.

Para quem optar pelas LCIs ou LCAs, as taxas médias são menores em relação às dos CDBs. Mas este tipo de ativo tem uma outra vantagem: a isenção de Imposto de Renda.

“Visto que não existe a cobrança de IR nesse tipo de investimento, o valor líquido recebido pelo investidor tende a ser maior. Principalmente quando observamos títulos com vencimentos abaixo de dois anos”, destaca Pedro Despessel, analista de renda fixa do Simpla Club.

As LCIs e LCAs de vencimentos menores, explica ele, acabam sendo mais vantajosas, porque este é o período mínimo que um investidor precisa manter o capital alocado em outros títulos para conseguir a menor alíquota de IR, de 15%. No Tesouro Direto, por exemplo, investimentos de até 180 dias têm um imposto de 22,5% sobre o rendimento.

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