Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de novembro de 2022
O presidente eleito deve recriar os ministérios do Planejamento e da Indústria
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilO presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve recriar os ministérios do Planejamento e da Indústria. Ambas as pastas foram extintas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) e incorporadas ao superministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.
Agora, as discussões econômicas devem, mais uma vez, ser descentralizadas, e já há nomes entre os cotados para os cargos. Além de cuidar da elaboração do Orçamento, o futuro Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão deve se encarregar da reforma administrativa, que mexe com o funcionalismo público. O órgão também deve acompanhar de perto um amplo plano de obras, inspirado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), marca histórica das gestões petistas.
Os mais cotados para o Planejamento são o ex-governador do Piauí Wellington Dias e o governador da Bahia em fim de mandato, Rui Costa. Esses mesmos nomes circulam na bolsa de apostas em diferentes pastas, incluindo a Fazenda. Dias assumiu, a pedido de Lula, as conversas para ajustar o Orçamento de 2023 de acordo com as propostas do PT.
Também são considerados Aloizio Mercadante, que coordenou a campanha de Lula, e Gleisi Hoffmann, presidente do PT. O Ministério do Planejamento tem historicamente um perfil menos fiscalista e, por isso, costuma ter atritos com o Ministério da Fazenda.
A ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior é uma das apostas para ter um cargo de comando do programa de obras de infraestrutura. Essas atribuições são importantes para o plano de Lula de aumentar investimentos públicos no curto prazo, em uma tentativa de gerar empregos.
Outro ministério que será recriado é o da Indústria. O PSB, partido do vice de Lula, Geraldo Alckmin, pediu para comandar a pasta, de acordo com interlocutores do partido. Se for atendido, um dos principais cotados é Márcio França, derrotado na disputa por uma vaga no Senado por São Paulo.
O nome para o Ministério da Fazenda gira em torno de políticos, já que Lula pretende ter alguém capaz de negociar aprovação de medidas junto ao Congresso Nacional.
Apesar de o chefe da equipe econômica não ter sido definido, dois nomes que podem compor o Ministério da Fazenda passaram a circular entre os petistas. Atual secretário de Fazenda de São Paulo, Felipe Salto pode ser nomeado para o Tesouro Nacional. Embora faça parte da equipe de Rodrigo Garcia (PSDB), que trabalhou para a eleição de Bolsonaro, Salto declarou voto em Lula ainda no primeiro turno.
Já Bernardo Appy é cotado para comandar uma secretaria voltada para destravar a reforma tributária. Ele é um dos maiores especialistas no assunto. Foi secretário de Política Econômica e também titular da Secretaria Extraordinária de Reformas Econômico-Fiscais, ambas ligadas ao Ministério da Fazenda, durante os governos Lula.
Atualmente, é diretor do CCiF (Centro de Cidadania Fiscal) e coautor de uma das principais propostas de reforma tributária discutidas nos últimos anos, a PEC (proposta de emenda à Constituição) 45.