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Brasil Os partidos políticos não se entendem e estão traçando caminhos opostos na primeira semana de convenções para as eleições de outubro

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Enquanto PP e Solidariedade flertam abertamente com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, o PRB está mais próximo de Geraldo Alckmin (PSDB). (Foto: Reprodução)

Formado há dois meses para discutir uma aliança conjunta nas eleições de outubro, o bloco de partidos capitaneado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dá sinais de que pode estar perto do fim. O período de convenções se inicia nesta sexta-feira (20), e o grupo — formado por DEM, PP, PRB e Solidariedade — está dividido. Enquanto o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o presidente nacional do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), defendem o anúncio de uma posição conjunta ainda nesta semana, os caciques do DEM e do PRB desejam adiar a decisão por mais uma semana. A divergência entre os líderes está diretamente ligada às preferências políticas de cada partido.

Enquanto PP e Solidariedade flertam abertamente com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, o PRB está mais próximo de Geraldo Alckmin (PSDB). O DEM, por sua vez, está dividido entre seguir Rodrigo Maia, que tem se aproximado de Ciro, ou aderir à vontade de grande parte dos dirigentes, que pregam uma parceria com Alckmin. Tentando empurrar o bloco para o colo do pedetista, os caciques de PP e Solidariedade desejam definir o futuro de suas siglas antes da convenção de Ciro, marcada para sexta-feira, em Brasília. Já o DEM e o PRB, angustiados com o desempenho ruim de Alckmin nas pesquisas, querem ganhar tempo para avaliar melhor os cenários e colocar ainda mais pressão nas negociações com o tucano.

O Solidariedade acredita que Ciro Gomes tem mais chance de decolar nas pesquisas de intenção de voto do que Alckmin. Esse também é o pensamento de Nogueira, embora, no PP, a posição de seu presidente não seja unânime. O próprio Alckmin identificou a preferência do PP por Ciro Gomes e, na semana passada, fez um cerco a dirigentes do partido. Na ocasião, o tucano conversou com o presidente da legenda e com o deputado Ricardo Barros (PP-PR), ex-ministro da Saúde.

Segundo aliados, o senador rejeitou especulações sobre o PP indicar a senadora Ana Amélia (PP-RS) para vice de Alckmin. Os tucanos acenaram com a possibilidade, mas a senadora gaúcha não é do grupo do presidente da legenda. Apesar de bombardear Alckmin, o cacique do PP não quer perder a parceria com o DEM.

No DEM, o tom cauteloso é assumido pelo presidente ACM Neto. Há resistência a um apoio a Ciro Gomes, que não tem identidade com a legenda, que é aliada histórica do PSDB e sempre esteve na oposição ao PT e ao PDT. Deputados importantes no quadro partidário, como Mendonça Filho (PE) e Rodrigo Garcia (SP), fazem campanha por uma aliança com Alckmin.

No último sábado (14), porém, em encontro com a presença do pré-candidato pedetista, Ciro teria revertido algumas resistências. ACM Neto disse que o prazo-limite para o grupo definir se fica unido ou não sobre quem apoiar é o dia 27.

No encontro realizado em São Paulo, Ciro Gomes se comprometeu a elaborar um amplo documento com propostas. Até mesmo o presidente do PRB, Marcos Pereira, que apoia Alckmin nos bastidores, gostou da conversa.

Dirigentes do “blocão” disseram que Valdemar deu novos sinais na segunda-feira (16) de que está com dificuldades de fechar uma aliança com o pré-candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Segundo as conversas, Valdemar contou que tem problemas em alguns estados com Bolsonaro, como os palanques de Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.

Um dos maiores entusiastas da composição de PR e PSL, o deputado Capitão Augusto (PR-SP) também reconhece que há dificuldades de conciliar os interesses.

Presidente estadual do PSL em São Paulo, o pré-candidato ao Senado Major Olímpio explica que já há uma chapa fechada com 105 nomes do partido para concorrer à Câmara dos Deputados. Se houvesse uma coligação proporcional no Estado, a legenda seria prejudicada com a eleição também de candidatos do PR. Da mesma forma, no Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro também resiste a aceitar uma composição na eleição proporcional.

Como o grande interesse de Valdemar nestas eleições é formar uma bancada relevante no Congresso, essas resistências podem acabar por enterrar qualquer entendimento entre os partidos.

 

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