Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de abril de 2018
O consumidor terminou a semana passada pagando mais caro pela gasolina e pelo diesel. Enquanto que o gás de cozinha e o etanol tiveram redução de valores. Isso é o que mostra pesquisa de levantamento de preços divulgada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) na segunda-feira (30). O custo médio do litro da gasolina ficou em 4,226 reais na semana encerrada no dia 28. No levantamento anterior, estava em 4,215 reais. O maior valor médio foi encontrado no Acre (4,805 reais), enquanto o menor está no Maranhão (3,896 reais).
O litro do diesel passou de 3,515 reais para 3,555 reais da semana retrasada para a passada. O maior valor está no Amapá (4,475 reais) e o menor, no Paraná (3,368 reais). O botijão de gás de 13 quilos, por sua vez, teve leve queda na última semana, quando era vendido a 66,92 reais, ante 67,09 reais do levantamento anterior. O valor mais alto foi registrado no Mato Grosso (95,05 reais) — e o mais baixo na Bahia (57,72 reais).
O levantamento de preços mostrou ainda redução no litro do etanol, que saiu de 2,971 reais para 2,893 reais. O etanol mais caro é o do Rio Grande do Sul (4,084 reais) e o mais barato é o de São Paulo (2,708 reais).
Protesto
Moradores de Aquidauana e Anstácio, cidades distantes cerca de 140 quilômetros de Campo Grande (Mato Grosso), estão indignados com o que parece ter passado dos limites: o preço da gasolina está bem próximo dos R$ 5. Em forma de protesto, várias pessoas da cidade estão abastecendo desde o sábado (28) apenas R$ 0,50 e exigindo o cupom fiscal, um direito do consumidor que além de ter importância para a comprovação da venda para varejistas e clientes, também serve como base para a análise de pagamento de impostos e tributos de produto.
Prejuízo ao posto
A emissão da nota segue uma onda de protestos que começou no Brasil em 2014, quando consumidores acreditavam que ao abastecer o valor de R$ 0,50 os motoristas gerariam prejuízo ao posto, já que os impostos pagos pelo empresário sobre a nota fiscal teoricamente não cobrem este custo.
Para pressionar ainda mais os proprietários, alguns consumidores ainda pagavam na época os R$ 0,50 com notas de R$ 100,00 e R$ 50,00.
Boato circulou pela internet
No ano passado, um boato circulou pela internet afirmando que se os consumidores abastecessem R$ 0,50, o preço dos combustíveis iria diminuir. Mas, na verdade, o que define o preço destes produtos, segundo a Petrobras, é formado pela seguinte proporção: 31% são os custos de operação da empresa para produzir o combustível, 10% são impostos da União (Cide, PIS/Cofins), 28% são impostos estaduais (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS), 15% é o custo do etanol adicionado à gasolina e 16% se refere à distribuição e revenda.