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Política Os primeiros passos da nova defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres

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Ex-ministro de Bolsonaro está preso desde 14 de janeiro em um quartel da Polícia Militar de Brasília. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A nova defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, capitaneada pelo advogado Eumar Novacki, assumiu o caso oficialmente nessa quinta-feira (30), mas já vem estudando o processo desde segunda (27). A princípio, a ideia é ingressar já na semana que vem com um pedido para que a prisão de Torres seja reavaliada.

Além de apontar que a medida é desnecessária, os advogados pretendem demonstrar que já havia uma escalada de violência em curso e, portanto, seu cliente não teria responsabilidade sobre os atos extremistas de 8 de janeiro. Nesse pacote, estariam as manifestações de 2013 e 2016, bem como o episódio em que atearam fogo no prédio do Ministério da Agricultura.

A defesa tem ainda uma outra missão: despolitizar o caso e se distanciar do bolsonarismo. Por esse motivo, aliás, o criminalista Rodrigo Roca foi destituído por Torres. Indicado por Flávio Bolsonaro, Roca passou a defender em janeiro o coronel Mauro Cid, ajudante de ordens e braço-direito de Jair Bolsonaro.

Aviso

O coronel da Polícia Militar Jorge da Silva Pinto afirmou nessa quinta que Anderson Torres foi avisado sobre um grupo de atiradores que planejava “tomar o poder” em Brasília, nas vésperas do dia 8 de janeiro. O oficial depôs nesta manhã à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), e confirmou que Torres foi alertado pela equipe de inteligência sobre os atos. O coronel disse também ter feito ao menos sete avisos aos seus superiores sobre os extremistas.

Jorge Pinto foi coordenador de Assuntos Institucionais da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. “No dia 5 de janeiro recebemos um único documento de inteligência do Ministério da Justiça. Esse documento tratava sobre essa possibilidade [de tomada do poder]”, afirmou.

“Alguém que integrava o grupo verificou que algumas pessoas tratavam dessa tomada de poder, mas não havia a possibilidade de indicar que era uma quantidade grande, quem eram as principais pessoas envolvidas e se já estavam em Brasília”, prosseguiu o coronel, ao detalhar, em seguida, que se tratava de um grupo de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs).

Em depoimento à Polícia Federal, Torres afirmou que as informações que recebeu da inteligência não indicavam ‘ações radicais’ na Praça dos Três Poderes. O ex-secretário disse também ‘estranhar a facilidade’ com que os extremistas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto. Na ocasião, Torres estava nos Estados Unidos. Ele viajou ao País norte-americano quatro dias depois de assumir a pasta e não teria avisado o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

Em seu depoimento, o coronel disse também que os informes se intensificaram a partir do dia 5 de janeiro, e apontavam confronto entre golpistas e policiais. O oficial afirmou ter apontado a chegada de 126 ônibus e 2,5 mil extremistas na capital.

“Eu não sei de que forma os decisores entenderam os meus alertas. Mais uma vez, a inteligência produz conhecimento para o auxílio ao processo decisório, mas quem decide não é a inteligência”, afirmou.

O ex-ministro Anderson Torres foi convidado pelo menos três vezes para prestar depoimento à CPI dos atos antidemocráticos, mas recusou todos os pedidos. O ex-secretário ficou empolgado com os convites, mas foi convencido pelo seu ex-advogado, Rodrigo Roca – que já atuou a favor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) – a recusar os pedidos.

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