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Os R$ 50 mil do “House of Feliciano”

"Expus, em reunião com o presidente, a falta de comunicação com a bancada", disse o deputado Marco Feliciano. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

A polícia de São Paulo localizou o carioca Arthur Mangabeira, que se passou por agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para ajudar a jornalista Patrícia Lélis em um acordo malfadado com o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), como um “procurador” da jovem. Segundo a investigação, ele recebeu R$ 50 mil das mãos do próprio chefe de gabinete do parlamentar, Talma Bauer, pelo silêncio da mulher que acusa Feliciano de agressão e tentativa de estupro. Mas Mangabeira sumiu do mapa com o dinheiro há semanas. O caso virou um seriado de trapalhadas de todos os envolvidos – a garota, o assessor político, o deputado e este “agente” que agora aparece. Caberá à polícia paulista e à PGR (Procuradoria-Geral da República), agora, descobrirem a origem do dinheiro e por que um valor tão alto pelo silêncio da garota, já que Feliciano se diz inocente.

Eu entrego!

Mangabeira já telefonou para o delegado Luis Hellmeister, da 3 Delegacia de Polícia de São Paulo, agendou oitiva e prometeu aparecer com o dinheiro.
Para a caixinha
A polícia já apreendeu R$ 20 mil com um ex-amigo de Patrícia, Emerson Biazon, que entregou o esquema. O inquérito foi remetido para a PGR em Brasília.

Na mira (1)

A jovem jornalista, que adora aparecer, grava vídeos em “agradecimento”, mas não engana. Ela está na mira da polícia e foi indiciada por falsa comunicação de crime e extorsão.

Na mira (2)

E Feliciano está na mira da PGR, que deve pedir a investigação à PF (Polícia Federal), pelo STF, para rastrear sinais de celular e descobrir se o deputado se encontrou com a garota.

Bala & Voadeira

Partiu do Ministério do Esporte a investigação sobre tramoias nas confederações de Taekwondo e Tiro no Rio de Janeiro, que motivou uma operação da PF nesta semana. A pasta colaborou com informações enviadas ao Ministério da Transparência e à própria PF. Confira nas redes sociais da Coluna o que fala o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, em entrevista à e-webtv.

Todos contra um

Ficou claro no debate entre os candidatos do Rio de Janeiro, exibido pela Band: nos bastidores, em conversas com a Coluna, todos se mostraram contra Pedro Paulo (PMDB), o escolhido do prefeito Eduardo Paes. E todos falam em auditar as contas da prefeitura carioca.

Enredados

Pré-candidata ao Planalto, Marina Silva (Rede) desembarca no Rio de Janeiro em alguns dias para gravar um programa de TV com o candidato Alessandro Molon. O PV, que já fechou aliança no Rio e em mais dois Estados, mostra-se um potencial parceiro para 2018.

Rio-Brasília

Jandira Feghali (PCdoB) nacionaliza a sua campanha pela prefeitura do Rio. Ela repete a tese do “golpe” contra a presidenta afastada Dilma Rousseff e o PT. E usa na roupa um adesivo com o “Fora Temer!”.

Baixou o cabôco

Entidades de servidores do Poder Judiciário realizarão manifestos para cobrar respeito e civilidade do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, que desandou a criticar leis e a Operação Lava-Jato.

Ele voltou

Lembram do senador Mão Santa, recordista em discursos homéricos no plenário da Casa? Ele é candidato a prefeito de Parnaíba, a segunda maior cidade do Piauí, pelo Solidariedade.

Poder caseiro

Falando em Piauí, a sede da prefeitura do município de Cristino Castro está abandonada, cheia de lixo e entulhos, por razões inexplicáveis. A nova sede foi transferida para uma casa de propriedade da mãe do prefeito Valmir Falcão (PSD).

Pista livre

Trama-se no Congresso Nacional, por lobby das poderosas empresas de ônibus (aquelas que ganham dinheiro vivo diariamente nas roletas), uma mudança no regime de concessão de linhas interestaduais e a retirada de poderes dos fiscais da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Cartel sobre rodas

Atualmente, muitas empresas municipais e interestaduais operam no Brasil sob concessão de liminares judiciais. Os empresários do setor repetem o mantra de “livre regulação” e mencionam os exemplos do Canadá e de países da Europa. Só que lá o setor é organizado, sem cartéis.

Ponto Final

Camburão na portaria. A PF indiciou Lula e Marisa Letícia. O triplex desabou. O sítio pegou fogo. Em suma, a casa caiu.

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