Líder do governo na Câmara, o deputado Osmar Terra (MDB), disse ontem, durante o processo que culminou com a aprovação pela Câmara do pedido do governo de autorização para a decretação do estado de calamidade pública, que “está se tentando disseminar um estado de pânico na população em relação a essa epidemia”. Terra lembrou que foi o primeiro gestor a enfrentar epidemia da H1N1 no Brasil, quando foi secretário da Saúde no Rio Grande do Sul, e, com base em cinco trabalhos publicados sobre epidemias, avalia que “está se transmitindo para a população, um quadro gravíssimo que provavelmente não vai acontecer. E com isso está se tendo um impacto grande na economia.” Ele elogiou porém as medidas do ministro da Saúde Luiz Mandetta, afirmando que “ele está adotando medidas corretas.”
“Medidas equivocadas”
Para Terra, “sair ou não de casa, suspender aula,não muda a evolução da epidemia.Tenho trabalhos publicados sobre as pandemias que ocorreram,e sobre suspensão de aulas sem qualquer resultado da evolução da pandemia,não adianta nada. Isso é muito mais para o gestor dizer que está fazendo aluma coisa,do que para ajudar a população.”
H1N1 mata mais
Osmar Terra defendeu equilíbrio nesta hora e avaliou que “o coronavírus vai matar menos pessoas que o H1N1. Só no ano passado o H1N1 matou 750 pessoas, duas por dia no Brasil e ninguém falou nada, não saiu nenhum notícia no jornal Essa epidemia está grassando com mais intensidade nos países frios, e nos países quentes tudo indica que será mais branda.”
“A recessão vai ficar”
Afirmou ainda que “tem governante querendo colocar todo mundo de quarentena em casa, até para resolver o problema político dele.
É um absurdo fechar shopping, proibir transporte coletivo. A recessão vai ser muito pior que essa epidemia. A epidemia vai acabar, e a recessão vai ficar por mais cinco, seis anos”, afirmou Osmar Terra.
Votação garantida na Assembleia
O presidente da Assembleia Legislativa Ernani Polo já obteve dos líderes das bancadas, a garantia de uma sessão rápida na quinta-feira, para votação dos dois projetos do governador Eduardo Leite, destinados a ampliar as ações preventivas. Há um apelo do presidente para que os deputados usem o mínimo possível do espaço destinado a discursos durante a votação dos projetos.