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Rio Grande do Sul Polícia identifica ossada de um dos desaparecidos nas enchentes de maio do ano passado no Rio Grande do Sul

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Polícia Civil encontrou a ossada de Olivan Paulo da Rosa, que residia no município de Barros Cassal, na Região Central do Estado.

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Polícia Civil encontrou a ossada de Olivan Paulo da Rosa, que residia no município de Barros Cassal, na Região Central do Estado. (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

Atualização divulgada nesta quinta-feira (24) pela Defesa Civil gaúcha ampliou para 184 o número oficial de mortos pelas enchentes de maio do ano passado no Rio Grande do Sul. De acordo com o informativo, a Polícia Civil encontrou a ossada de Olivan Paulo da Rosa, que residia no município de Barros Cassal, na Região Central do Estado.

A confirmação foi realizada pelo Instituto Geral de Perícias. Portanto, o nome do cidadão passa a integrar a lista dos óbitos confirmados, e deixa a lista de desaparecidos.

Ainda, foi confirmada a localização, com vida, de José Everaldo Vargas de Almeida, de Canoas. Portanto, seu nome foi retirado da lista dos desaparecidos.

Desta forma, com a atualização da Defesa Civil, passa a ser 184 o número de óbitos confirmados, e de 25 pessoas desaparecidas.

Ao todo, 478 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pela enxurrada. Estima-se que quase 2,4 milhões de seus cerca de 11,3 milhões de habitantes sofreram algum tipo de perda humana ou material, o que representa um índice superior a 21%.

Relembre

A chuva mais volumosa começou em 27 de abril de 2024 em Santa Cruz do Sul, na Região dos Vales. Sem parar, se estendeu por mais de 10 dias, sobrecarregando as bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos e Gravataí, que transbordaram e a água invadiu municípios, arrasando cidades e destruindo o que via pela frente.

Como são interligadas, a água das bacias chegou ao Guaíba, em Porto Alegre, e à Lagoa dos Patos, em Pelotas e Rio Grande, que também transbordaram, inundando os municípios e tirando famílias de casa. A Região da Serra também sofreu impacto da chuva, mas em função de deslizamentos de terra.

Impactados pelo incêndio que, um dia antes, havia matado dez pessoas na Pousada Garoa, contratada pela prefeitura de Porto Alegre para abrigar pessoas em situação de rua, poucos deram atenção à frente fria que chegou à capital gaúcha naquele 27 de abril.

A Defesa Civil municipal chegou a emitir um alerta sobre a “possibilidade de chuvas intensas e ventos fortes” atingirem a cidade entre o fim da tarde do mesmo dia e a madrugada seguinte (28). O tom do aviso, contudo, não indicava o que estava por vir.

Segundo a MetSul Meteorologia, só na capital, choveu, no sábado (27), o equivalente a 43 milímetros — ou 43 litros de água por metro quadrado — em apenas seis horas. Além de alagamentos e transtornos, o mau tempo afetou as operações no Aeroporto Salgado Filho. Ao menos dois aviões da Azul, que faziam os voos AD 2929 e AD 2933, provenientes de Curitiba, tiveram que pousar em Florianópolis e aguardar até que as condições climáticas permitissem que seguissem viagem até Porto Alegre.

Durante o pico da cheia histórica no Rio Grande do Sul, o rio Guaíba atingiu a marca de 5,37 metros na capital gaúcha, segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB). A cota máxima foi registrada no dia 5 de maio deste ano, na estação Cais Mauá.

Com a cheia, a capital gaúcha ficou coberta pela água. Pontos emblemáticos da cidade, como os estádios dos times estaduais Internacional e Grêmio, a rodoviária da cidade, o aeroporto e a região central ficaram submersos.

O mês de maio foi o mais chuvoso da história da capital gaúcha Porto Alegre desde o ano de 1910, segundo dados da estação climatológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A chuva atingiu a marca de 539,9 milímetros, conforme medição da estação de referência climatológica da capital, que fica no bairro Jardim Botânico, na zona leste da cidade.

O acumulado não foi apenas o recorde para o mês de maio, assim como o mês mais chuvoso da história da cidade de 124 anos.

Vale do Taquari

A Região do Vale do Taquari foi uma das mais afetadas pelas chuvas. Cidades como Cruzeiro do Sul foram completamente destruídas. Imagens captadas por drone mostraram a destruição no que, até então, era o bairro Passo de Estrela, localizado próximo ao leito do Rio Taquari. O local foi engolido pela força da água e desapareceu.

Em Arroio do Meio, também no Vale do Taquari, o cenário deixado parecia de guerra, revelando a completa destruição causada pela força das águas, conforme classificaram os moradores. As imagens mostravam galhos de árvores, restos de construções e lama cobrindo as ruas. Casas foram completamente destruídas e carros arrastados pela enxurrada ficaram espalhados e quebrados no meio dos caminhos.

O município teve seus acessos bloqueados após a queda das pontes que faziam a ligação com a cidade vizinha de Lajeado, que também foi fortemente impactada pelas chuvas.

Dados da Defesa Civil

– Desaparecidos: 25;

– Feridos: 806;

– Afetados: 2.398.255;

– Municípios afetados: 478;

– Óbitos confirmados: 184.

 

 

 

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