Após brilhar como Flávia em “Quanto Mais Vida, Melhor!”, em 2021, Valentina Herszage, de 25 anos, volta às novelas e vive uma influenciadora digital bem-humorada no remake de “Elas por Elas”, da TV Globo. Na trama de Thereza Falcão e Alessandro Marson, a atriz interpreta Cris, filha de Lara (Deborah Secco) e Átila (Sergio Guizé), uma jovem vaidosa, que não se detém para conquistar tudo o que deseja, e ainda se envolve em confusões ao protagonizar um triângulo amoroso com Giovanni (Filipe Bragança) e Ísis (Rayssa Bratillieri).
“Estou muito feliz em fazer parte de ‘Elas por Elas’! É como se fossemos uma trupe de teatro. O elenco é brilhante, direção, equipe de primeira!”, diz a atriz sobre a oportunidade de fazer parte da obra, que também conta com a direção de Amora Mautner.
Questionada a respeito do toque divertido dado à novela, que é inspirada na trama de Cassiano Gabus Mendes, de 1982, Valentina admite que o gênero a deixa encantada, pois garante a possibilidade de experimentar coisas novas.
“Gosto de fazer comédia. Me sinto muito livre. Minha personagem é fora da caixa, imprevisível e determinada, isso me permite muitas coisas”, comemora a atriz. “Está muito divertido!”, vibra.
A jovem artista conta que enfrentou algumas dificuldades ao interpretar uma personagem de personalidade forte e com uma identidade tão moderna quanto a das influenciadoras digitais. “Meu maior desafio foi descobrir a ousadia dessa personagem, como fazer ela ser envolvente, surpreendente”, explica Valentina sobre Cris, que já tem realizado inúmeros planos malucos, como forjar um namoro para conquistar Giovanni.
“Além disso, a figura da blogueira, nos tempos de hoje, é algo emblemático. Quis fazer uma brincadeira com isso. Como fazer as pessoas se identificarem? Com humor. Falar de vaidade e telas hoje em dia é uma função e tanto. Estou gostando muito de seguir por este caminho de discussão”, afirma.
Carreira
Filha de pais cinéfilos – termo atribuído àqueles que são grandes entusiastas do cinema –, Valentina revela que entrou para o universo artístico ainda na infância. Aos 5 anos de idade, a atriz já fazia aulas de sapateado, canto, teatro e circo. Logo depois, na pré-adolescência, conquistou seu primeiro papel em um filme, o que fez com que conseguisse, posteriormente, atuar em um longa premiado.
“Fiz o curta ‘Direita é a mão que você escreve’ com uns 11 anos, mas meu principal trabalho, que me instaurou a paixão pelo ofício, foi o longa ‘Mate-me, por favor’, da Anita Rocha da Silveira”, admite Valentina. “Na época, estreamos no Festival de Veneza, onde levamos prêmio de melhor interpretação. Ganhei o de Melhor Atriz no Festival do Rio e no Janela, em Recife. A partir daí, não parei mais”, relembra ela, que também atuou nos filmes “As Polacas”, dirigido por João Jardim, e “O Mensageiro”, de Lucia Murat, ambos selecionados para o Festival do Rio deste ano.
Dividida entre trabalhos no cinema e na televisão, a atriz admite que a maior diferença entre os formatos é a forma encontrada para transmitir a história ao espectador.
“Acho que a maior diferença entre os dois é a maneira e o ritmo de produzir. Também existe uma diferença entre a maneira que as histórias são transmitidas para o público. Enquanto na TV tudo é dito na fala, no cinema traduzimos em mistério”, opina a artista.
“Gosto muito de fazer os dois! Me divirto ao ‘brincar’ com todos os veículos”, diz a jovem, animada. “Tenho mais experiência com o cinema, mas também participo de séries, que são uma mistura legal. Fiz ‘Hebe’, em 2019, e agora aguardo o lançamento de ‘Fim’, da Fernanda Torres, e ‘Suíte Magnólia’, do diretor de teatro Hamilton Vaz Pereira”, conta.