Quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de outubro de 2020
Baseada em desenhos realistas, a micropigmentação paramédica vem sendo uma grande aliada na recuperação da autoestima de pacientes que passaram pela cirurgia de mastectomia para a retirada de tumores cancerígenos. A técnica ajuda a reconstruir a aréola mamária e também pode auxiliar na correção de cicatrizes e outros possíveis danos e intercorrências provenientes de cirurgias plásticas estéticas.
De acordo com a micropigmentadora, cosmetóloga e visagista Raquel Normandia, o objetivo do método é fazer com que as aréolas apresentem uma aparência natural e harmoniosa. “Por meio da técnica é possível reproduzir todos os detalhes de cor e características próprias de cada mama. Para produzir um efeito mais realista, cada traço e linha é delineado de forma calma e cuidadosa. Os pigmentos utilizados levam em consideração as nuances e tons presentes na região das mamas de cada paciente. O cálculo da distância entre os seios e o emprego do efeito 3D são imprescindíveis para que o trabalho fique extremamente natural”, explica.
A micropigmentadora – que há cerca de um ano também integra um projeto na área oncológica do hospital Santa Casa em Belo Horizonte – aponta que o procedimento de reconstrução da aréola mamária por meio da micropigmentação paramédica é bastante acessível e indolor. “Faço uso de diferentes agulhas e pigmentos, que precisam ser de alta qualidade para que o resultado fique harmônico. Diferente da tatuagem, o pigmento é aplicado somente na camada superficial da pele”, explica.
Além de ser indicada para pacientes oncológicos que passaram pela mastectomia, a micropigmentação paramédica também pode ser indicada para pessoas que somente desejam uniformizar as linhas e cores de suas aréolas mamárias. “Alguns cirurgiões já recomendam esse método, não apenas em casos de mastectomia ou correções, mas para intensificar os tons e aumentar as dimensões de aréolas que são naturalmente pequenas. O procedimento ainda pode ser utilizado para reparar queimaduras na pele, amenizar marcas de vitiligo estacionária ou apenas para redesenhar aréolas já existentes”, aponta.
Segundo Raquel, em alguns casos, após a cirurgia, é comum ocorrer a hipopigmentação, que é a ausência de pigmento na cicatriz, problema que também pode ser solucionado com a micropigmentação paramédica. “Muitos pacientes oncológicos têm receio em fazer a cirurgia de reconstrução da aréola mamária por terem que passar por mais uma intervenção invasiva e dolorosa. Quando estas pessoas descobrem a micropigmentação paramédica, se emocionam bastante com os resultados, a suavidade do tratamento e com o aspecto natural da área trabalhada. Isso é muito gratificante! Nada substitui o sentimento de devolver a felicidade a alguém que já passou por momentos tão desafiadores e difíceis”, conta.
Por fim, Raquel explica que, para passar pelo procedimento é necessário, no mínimo, seis meses de pós-cirúrgico. “As contraindicações são avaliadas individualmente, seguindo as características de cada pele e cicatriz, se for o caso. Acho importante ressaltar que realizo a técnica durante todo o ano, não só durante a campanha do Outubro Rosa.