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Saúde Ozempic e Saxenda: 1 a cada 5 pessoas recupera 100% do peso um ano depois

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Novas assinaturas não podem mais ser realizadas e as ativas serão canceladas. (Foto: Reprodução)

Um ano após interromper o tratamento com os medicamentos de nova geração para perda de peso, cerca de 1 a cada 5 pessoas recupera 100% dos quilos perdidos. É o que mostra um novo levantamento conduzido por pesquisadores da Epic Research, nos Estados Unidos, com base nos dados clínicos de quase 40 mil americanos disponíveis na base Epic Cosmos.

Ainda assim, os responsáveis destacaram que uma parcela considerável, cerca de 35%, continuou a emagrecer mesmo sem o medicamento, como o Ozempic ou Saxenda. É o que apontou a pesquisadora Kersten Bartelt, da Epic Research, uma das responsáveis pela análise.

“Isso sugere que estes medicamentos podem ter um impacto duradouro no controle do peso, mesmo após a cessação”, disse ao portal especializado Healio, e continuou: “Pesquisas futuras poderiam se concentrar na compreensão das razões para a recuperação do peso após a descontinuação desses medicamentos e explorar os efeitos a longo prazo que esses medicamentos têm no controle de peso e outros efeitos colaterais”.

O levantamento não foi publicado numa revista científica, portanto não foi revisado por pares. Porém, traz um olhar sobre um amplo número de pessoas que fizeram uso da semaglutida – vendida com o nome comercial de Ozempic e Wevovy – (20.274 pacientes) e da liraglutida – Saxenda – (17.733 pacientes) para perder peso.

Os responsáveis selecionaram do banco de dados indivíduos para os quais os remédios foram prescritos por um período determinado entre janeiro de 2017 e janeiro de 2023. Além disso, eles precisavam ter utilizado o medicamento por ao menos 90 dias (três meses), ter perdido ao menos 2,3 kg e não ter voltado a usá-lo no ano seguinte ao fim da terapia.

Os resultados da análise indicaram que 17,7% dos pacientes que utilizaram a semalgutida, e 18,7% do grupo da liraglutida, recuperaram 100% do peso ou mais depois de 12 meses do uso. Outros 26%, em ambas as medicações, recuperaram de 25% a 100% do peso perdido. Ao todo, aproximadamente 44% tivera algum ganho com o fim do tratamento.

No entanto, o levantamento também revelou que cerca de 35% continuaram a emagrecer. 19% destes pacientes, dos dois remédios, chegaram a perder mais de 100% do que haviam anteriormente. Outros 17%, no caso da semaglutida, e 16%, no da liraglutida, perderam entre 26% e 100% mesmo com o fim do uso dos medicamentos.

Outros 20% oscilaram entre um ganho de até 24% ou uma perda de até 25% dos quilos que sumiram durante o tratamento, o que os pesquisadores consideraram um cenário de manutenção do peso.

Recuperação de peso

As análises sobre as mudanças do peso após o fim do tratamento com os remédios como Ozempic, Saxenda e Wegovy têm sido frequentes ao passo que se busca entender se os medicamentos precisam ser administrados de forma contínua – já que a obesidade é uma doença crônica.

Um estudo, publicado na revista científica Diabetes, Obesity and Metabolism, em 2022, avaliou 1.961 adultos que participaram dos testes clínicos da semaglutida. Após o período de 68 semanas (pouco mais de um ano) das injeções cutâneas semanais, eles perderam em média 17,3% do peso inicial.

Em seguida, 327 voluntários foram acompanhados por mais um ano. No período, sem a medicação, os voluntários recuperaram, em média, dois terços do peso perdido, o que levou a mudança final em relação ao peso do início a ser de apenas 5,6%, em vez dos 17,3% do primeiro ano.

“Os achados confirmam a cronicidade da obesidade e destacam a importância da manutenção do tratamento farmacológico a longo prazo para controle de peso em pessoas com obesidade”, escreveram os cientistas.

O mesmo foi observado recentemente com a tirzepatida, substância do Mounjaro também indicada para emagrecimento de pacientes com obesidade. Em trabalho publicado na JAMA, 783 voluntários foram acompanhados durante um período inicial de 36 semanas, aproximadamente 9 meses. Nesse tempo, todos receberam o medicamento e perderam aproximadamente 20,9% do peso.

Em seguida, 670 foram divididos em dois grupos e avaliados por mais 52 semanas, cerca de um ano. O primeiro continuou a receber a injeção mensal de tirzepatida, enquanto o segundo passou a receber placebo. No final desta segunda etapa, aqueles que permaneceram no remédio tiveram uma redução adicional de 5,5% do peso. Já os que interromperam o tratamento recuperaram, em média, 14% do peso.

Com isso, considerando o tempo total de 88 semanas, o grupo que fez o tratamento sem interrompê-lo alcançou uma perda total de 25,3% do peso corporal, enquanto no outro foi de apenas 9,9%.

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