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Pablo Marçal pede ajuda para limpar seu próprio partido do crime organizado, questionando “o que o PCC tá fazendo lá”

Candidato do PRTB afirmou que não quer “lacrar”, mas que é a única opção que tem. (Foto: Reprodução)

Após ser questionado sobre a possível ligação de membros de seu partido com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), o influenciador Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, pediu ajuda para “limpar” a legenda de possíveis criminosos. Em entrevista ao canal CNN Brasil, Marçal propôs uma “campanha nacional” para higienizar o partido de uma suposta infiltração do crime organizado.

O ex-presidente estadual do PRTB de São Paulo Tarcísio Escobar de Almeida foi indiciado pela Polícia Civil por tráfico de drogas e associação ao crime organizado. De acordo com a investigação policial, Escobar trocava carros de luxos por cocaína para o PCC, financiando o tráfico de drogas e dividendo os seus lucros. Além disso, o presidente nacional da sigla, Leonardo Avalanche, disse, em áudio relevado pela Folha de S.Paulo, que mantém vínculo com o PCC.

Adversários de Marçal têm utilizado o envolvimento de integrantes do partido do influenciador com o crime organizado para atacá-lo. O ex-coach, por sua vez, afirma que não tem nenhuma ligação com essas acusações e defende que as suspeitas sejam investigadas e os culpados, punidos.

“Sobre pessoas do PCC no meu partido, eu queria pedir à Polícia Civil, à Polícia Federal, à Polícia Militar, por favor, se vocês sabem que eles estão no meu partido, por que vocês não prendem esses caras?” afirmou Marçal em entrevista à CNN. “Quero fazer uma campanha nacional, me ajude a limpar o PRTB. Se o partido é pequeno, o que o PCC tá fazendo lá?. Eu quero que todo brasileiro que queira servir na política consiga ingressar com a sua candidatura sem partido político. Tô falando isso, eu já falei isso antes de ingressar no PRTB, e do tanto que vocês pegam no pé, eu faço dois pedidos. Por favor, prendam os bandidos, segundo pedido, me ajude, Brasil, queira a mesma coisa que eu tô querendo”.

Na entrevista, Marçal voltou a afirmar, sem apresentar provas, que dois de seus adversários são usuários de drogas. Ele disse que, no último debate eleitoral, que será transmitido pela TV Globo no dia 3 de outubro, vai apresentar provas de que o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, já foi detido com drogas.

Bolsonaro

Marçal também afirmou que o termo “bolsonarismo” foi criado pela esquerda para associar o crescimento do conservadorismo no País ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Marçal também declarou que nem ele nem Bolsonaro controlam esse movimento.

“A esquerda criou o nome bolsonarismo para ver se faz com que todo mundo tenha a cara do presidente [Jair Bolsonaro]. Nós que somos defensores da liberdade, eu tenho um recado para todo mundo, qualquer brasileiro que estiver em qualquer lugar do mundo, a liberdade não tem dono. Não é o Pablo Marçal que manda nisso, não é Bolsonaro que manda nisso”, disse o influenciador, acrescentando que, “por conta do Valdemar Costa Neto [presidente nacional do PL], o Bolsonaro teve que curvar a [coluna] cervical [ao prefeito Ricardo Nunes]”.

Apesar das declarações, o candidato do PRTB afirmou que “não vai se levantar” contra Bolsonaro, a quem considera um “grande líder”. Recentemente, Marçal e Bolsonaro protagonizaram um desentendimento no Instagram, em que o ex-presidente respondeu ao influenciador com ironia. Questionado sobre o episódio, Marçal, sem apresentar provas, afirmou que foi o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, quem publicou o comentário. Marçal ainda chamou Carlos de “retardado” e disse que ele prejudicou Bolsonaro na eleição passada.

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