Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2024
Candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) compartilhou, na quinta-feira (8), em suas redes sociais trechos de uma decisão judicial da Justiça de Goiás que condenou o seu adversário Pablo Marçal (PRTB) em 2010.
Momentos antes, a candidata Tabata Amaral havia questionado Marçal sobre o caso. Ele respondeu que se retiraria da disputa caso a condenação fosse confirmada. Logo em seguida, ainda durante o debate, Boulos disse que iria publicar a sentença em suas redes sociais. Também nas redes sociais, Tabata Amaral publicou um fio no qual reuniu diferentes polêmicas envolvendo o adversário do PRTB.
Marçal foi condenado em 2010 por ligações com uma quadrilha que desviou dinheiro de bancos, mas a pena acabou extinta anos depois por prescrição. Não é a primeira vez que adversários do ex-coach citam o episódio. Em julho, ao rebater comentários de Marçal sobre a morte de seu pai, Tabata Amaral já havia feito menção ao caso:
“Com 18 anos, eu estava em um país estranho, estudava o dia inteiro e trabalhava à noite como babá para mandar dinheiro para a minha mãe. Pablo Marçal, com essa mesma idade, fazia parte de uma quadrilha de banco”, alegou a deputada sem dar mais detalhes. “Não vai ser esse sujeitinho que vai me intimidar.”
Justiça
O TRE-SP (Tribunal Eleitoral de São Paulo) determinou nessa sexta-feira (9) que Pablo Marçal apague publicações que fez nas redes sociais sobre Guilherme Boulos (PSOL). Os dois são candidatos à prefeitura de São Paulo.
Marçal deu a entender que Boulos seria usuário de cocaína. A insinuação aconteceu durante debate realizado pela TV Band na noite da última quinta. Boulos nega que tenha usado a droga em qualquer situação e classifica a informação como “fake news”.
A decisão prevê cumprimento da medida em até 24 horas. Cinco posts divulgados no Instagram, X e TikTok são os alvos da determinação. Eles reproduzem momentos do debate em que Marçal fez as insinuações.
A Justiça Eleitoral ainda analisa pedido de direito de resposta. A campanha de Boulos solicitou ao TRE-SP o direito de publicar conteúdo com o dobro do tempo dos vídeos originais nas redes de Marçal.
Além de direito de resposta, Boulos quer que o Ministério Público Eleitoral se manifeste. De acordo com a campanha do candidato do PSOL, o caso fere a legislação eleitoral brasileira e representa um ataque à democracia.