Alvo de operação da Polícia Federal em operação que investiga organização responsável por uma suposta tentativa de golpe de Estado, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco afirmou que entregou seu aparelho celular às competências responsáveis, mas que não forneceu sua senha.
Em live realizada, ele confirmou que entregou seu aparelho celular, mas não forneceu a senha por conta de sigilo sacerdotal.
“Eu recebo pedidos de conselho, orientações, as pessoas se confidenciam, abrem a alma e contam seus dramas mais profundos para mim (…) Muitos sacerdotes me consultam sobre questões morais confidenciais e eu não posso expor os meus fiéis”.
Além disso, o sacerdote também afirmou que atende muitas personalidades importantes no Brasil inteiro, como ” prefeitos, vereadores, deputados, juízes, desembargadores, senadores. Eu atendo todas as pessoas que pedem meu auxílio espiritual porque essa é minha missão”, afirmou.
Aproveitou para também declarar que não tenho “nada a temer”: “minha consciência está tranquila, eu sempre me ocupei apenas com meus deveres sacerdotais, todos os meus posicionamentos em demais questões são muito tranquilos”, completou.
Alvo de busca e apreensão
O pároco foi alvo de busca e apreensão pela Operação Tempus Veritatis.
Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ele seria um integrante do “núcleo jurídico” do esquema da suposta tentativa de golpe.
Esse grupo seria o responsável pelo assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses dos integrantes citados no processo.
No dia da operação, a Diocese de Osasco encaminhou uma nota afirmando que se colocou “ao lado da Justiça, colaborando com as autoridades”.