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Padrinhos políticos ajudam ou atrapalham?

O tema ganhou destaque nas redes sociais nos últimos dias. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A rejeição a um padrinho político pode ser fator importante nas eleições municipais de outubro. Segundo nova pesquisa do Datafolha, em São Paulo (SP), pouco mais da metade dos eleitores admite mudar o voto para a prefeitura da cidade em caso de candidatura apoiada por um político rejeitado por eles.

Dos 56% dos eleitores que admitiram a troca de voto, 37% afirmaram que mudariam com certeza e 19% talvez mudassem. Do total, 41% não mudariam o voto, enquanto que 2% não souberam responder.

O presidente Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) foram os quatro padrinhos políticos que tiveram suas influências medidas pelo instituto.

Dos quatro, Bolsonaro é quem mais afasta eleitores, aponta o levantamento. 65% afirmam que não votariam de modo algum em um candidato apoiado pelo ex-presidente, número 4% superior à pesquisa anterior, de maio. Por outro lado, 16% apontam que votariam com certeza no candidato de Bolsonaro, enquanto outros 16% afirmam que levariam em consideração o apoio na hora de definir o voto. Ainda segundo a pesquisa, 41% dos eleitores não sabem qual o candidato apoiado por Bolsonaro, que, no caso, apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

O apoio de Tarcísio de Freitas é rejeitado por 48% e valorizado por 47% dos eleitores. O governador é apontado como um dos principais cabos eleitorais de Nunes.

Por sua vez, o endosso de Lula, que apoia a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL), afasta 45% dos eleitores. 23% votariam com certeza em um candidato apadrinhado pelo presidente, enquanto que 28% considerariam o voto.

O apoio de Geraldo Alckmin é rejeitado por 47% e valorizado por 49% dos eleitores. No entanto, apenas 7% dos entrevistados sabem que o vice-presidente apoia a deputada federal Tabata Amaral (PSB).

Pesquisa Datafolha

O Datafolha realizou 1.092 entrevistas em toda a cidade de São Paulo, entre terça (2) e quinta-feira (4). A margem de erro é de três pontos percentuais.

No Rio, Cláudio Castro lidera o índice de rejeição. 61% dos eleitores disseram que não votariam em um candidato apoiado pelo governador, enquanto que Bolsonaro e Lula afastam 57% e 46% dos eleitores, respectivamente. 54% dos cariocas não sabem qual candidato contará com o apoio de Castro e Bolsonaro. Já o apoio de Lula ao prefeito Eduardo Paes (PSD) é reconhecido por 42% dos entrevistados.

Na eleição de Belo Horizonte (MG), 60% dos eleitores apontam que não votariam de modo algum no candidato de Bolsonaro, enquanto que Lula e o governador Romeu Zema (Novo) afastam 53% e 48% dos votos, respetivamente.

A rejeição a Bolsonaro é maior no Recife. Na capital pernambucana, o ex-presidente afasta os votos de 67% dos ouvidos. Já 58% dos eleitores admitem votar em um candidato endossado por Lula. E 59% não votariam em um nome ligado à governadora Raquel Lyra (PSDB).

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