Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2016
O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse em uma entrevista nesta sexta-feira (13) que o Brasil aguarda “uma ação e uma mudança no itinerário da economia”, em um momento de recessão, deterioração das contas públicas e aumento do desemprego.
“O País de fato está aguardando uma ação e uma mudança no itinerário da economia. Um fato concreto é que o momento que estamos vivendo é de recessão. Isso leva a um aumento do desemprego e queda da renda e afeta o bem estar das pessoas”, destacou ele durante a primeira entrevista coletiva no ministério da Fazenda.
“O mais importante é a queda do investimento, que levou à queda do emprego e ao mesmo tempo à uma diminuição da capacidade de oferta da economia que, mesmo com a demanda caindo, permitiu em algumas situações uma resistência da inflação.”
Ele também afirmou que o nome do novo presidente do BC (Banco Central) será definido neste fim de semana. E que o governo pretende enviar um projeto ao Congresso para tirar o status de ministro do cargo, mas mantendo o foro privilegiado para toda a diretoria do BC.
Aumento de imposto
Ao ser questionado sobre a proposta de retorno da CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira), enviada ao Congresso pelo governo Dilma Rousseff mas ainda não votado, Meirelles não respondeu se apoia.
Ele afirmou, porém, que, caso seja necessário um determinado tributo para elevar a arrecadação e contornar o déficit das contas públicas, ele será aplicado mas será “temporário”. “Sabemos que o nível de tributação já é elevado”, afirmou. Para o ministro, o governo deve ter como meta uma queda da carga tributária brasileira. (AG)