Flávio PereiraPandemia já emite sinais de queda no Rio Grande do Sul
Por
Flavio Pereira
| 15 de março de 2021
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Prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo realizou vistoria na instalação do Hospital de Campanha. (Foto: Mateus Raugust/Divulgação/PMPA)
Vivendo o pico de casos de Covid-19, o Rio Grande do Sul já vislumbra sinais de redução dos casos em diversas regiões na próxima semana. Este movimento de redução estaria ocorrendo segundo o que já ocorreu em diversos países, “independentemente de fechar ou não o comércio ou restringir a circulação de pessoas”, segundo o deputado federal e médico Osmar Terra.
“Cepas contagiosas não respeitam bandeira preta”.
Para Osmar Terra, “o Rio Grande do Sul, como os Estados assolados pela cepa P1, poderá ter queda de novos casos e internações até fim da próxima semana. Isso não terá nada a ver com as bandeiras pretas e sim com o padrão de contágio das cepas mais agressivas. Ele aumenta muito em 4 semanas e depois cai .”
Ele observa que “Cepas do coronavirus altamente contagiosas não respeitam decreto de bandeiras pretas. Elas se disseminam muito rápido e mais dentro do que fora das casas. Foi assim na tragédia do Reino Unido e de Portugal que tiveram surtos com, proporcionalmente, o dobro de casos/dia que o Brasil”.
União corta impostos, estados aumentam ICMS.
Lembram? o presidente Jair Bolsonaro articulou com o ministro da Economia Paulo Guedes um movimento para reduzir o preço do diesel, gasolina e gás de cozinha, decretando a isenção de impostos federais. E o que fizeram 18 Estados e o Distrito Federal ? Indiferentes a esse esforço, decretaram reajustes no preço de referência para a cobrança de ICMS sobre o óleo diesel para aumentarem suas receitas.
Em Porto Alegre, Exército instala hospital de campanha
O esforço do prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo com apoio do Comando Militar do Sul resultou na instalação de um providencial hospital de campanha no bairro Restinga, na capital gaúcha.
Melo explica que “estamos atuando em conjunto para salvar vidas. Estive vistoriando os trabalhos de instalação da nova estrutura, que entrará em operação na próxima terça-feira, 16.”
O manifesto que critica os tribunais superiores
Um manifesto, subscrito por mais de 1 mil procuradores da República, classifica como ‘impropérios retóricos’ as ponderações que os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, fizeram na última terça, 9, durante o julgamento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, sobre o trabalho dos procuradores que atuaram na investigação. Até as 20 horas, o protesto já reunia 1.148 assinaturas.
O manifesto diz que, ao longo dos últimos 20 anos, ‘diferentes operações conduzidas por órgãos responsáveis pelo combate à corrupção são, em determinado momento, anuladas pelos Tribunais Superiores’, e agora o ‘mesmo destino recaiu sobre parte da Operação Lava Jato’.
Este foi o destino da “Operação Diamante”, “Operação Chacal”, “Operação Sundown/Banestado”, “Operação Boi Barrica/Faktor”, “Operação Dilúvio”, “Operação Suiça”, “Operação Castelo de Areia” e “Operação Poseidon”.
J.R. Guzzo: “em troca da autonomia a governadores e prefeitos, temos 260 mil mortos e hospitais quebrados”
Do jornalista José Roberto Guzzo abordando a gestão da pandemia por governadores e prefeitos:
“Durante este ano em que tiveram plenos poderes para tratar da epidemia quase todos os governadores brasileiros, com a participação dos prefeitos, fizeram o que bem entenderam e não tiveram de responder legalmente por nada. Governaram por decreto-lei, fizeram compras sem licitação, proibiram a entrada nos parques públicos, fecharam o comércio, fecharam a indústria, fecharam as escolas. Há um ano vivem e governam para um mundo exclusivo da classe média alta, e daí para cima – o mundo do “home office”, do “delivery” e do “fique em casa”, facilidades não disponíveis para a imensa maioria da população brasileira. Em troca, temos 260 mil mortos e hospitais quebrados.