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Panela de alumínio faz mal? A de cerâmica é mesmo superior? Veja melhores tipos para a saúde

Cuidados com as panelas são fundamentais para evitar que substâncias prejudiciais sejam liberadas na comida. (Foto: Pavel Siamionov/Adobe Stock)

Quando pensamos em alimentação saudável, focamos no cardápio e pouco refletimos sobre os materiais que estão em contato com os produtos, como embalagens e utensílios de cozinha. Mas isso pode ser um erro. Cada um deles é composto por diferentes substâncias químicas, que podem ser transferidas para a nossa refeição. Por isso, especialistas destacam a importância de pensarmos também no material e na qualidade das panelas.

Segundo especialistas, as panelas com maior potencial para prejudicar a saúde incluem:

Panela de alumínio

Comparado a outros materiais como o aço inoxidável ou ferro fundido, as panelas de alumínio geralmente apresentam um custo mais baixo. Quando feitas com material de qualidade, não apresentam riscos importantes à saúde. No entanto, uma preocupação as coloca entre as piores panelas para a saúde: a possibilidade de liberação de íons de alumínio nos alimentos.

É que o alumínio, como explica Adriana Pavesi Bragotto, engenheira de alimentos e professora da Universidade de Campinas (Unicamp), está associado a potenciais efeitos adversos nos sistemas nervoso e renal, podendo se acumular no organismo. Além disso, segundo Alda, a ingestão em excesso dessa substância pode estar ligada à ocorrência de doenças como o Alzheimer e alguns tipos de esclerose.

Panela de aço inoxidável

Segundo a nutricionista Eliana Giuntini, alguns estudos mostram que, em condições normais de uso, as panelas de aço inoxidável apresentam maior resistência à corrosão que as de alumínio, o que promove mais segurança para a saúde humana. Entre as vantagens de seu uso, está também a alta resistência à oxidação (para não enferrujar) e rapidez para esquentar os alimentos.

O problema é que, para alcançar esses benefícios, costumam ser acrescentados os metais cromo e níquel ao aço, além de, em menores doses, o cobre. O químico Marcelo Morgano, pesquisador do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) de São Paulo, explica o motivo. “Devido ao aço não ser um bom condutor de calor, as panelas de aço inox são elaboradas com fundo triplo, ou seja, o fundo contém uma camada de material que compensa a deficiência na condutibilidade do calor”.

Apesar de a panela de aço inox ser de boa qualidade, caso seja consumido em grandes quantidades ou por alérgicos, o níquel presente na maior parte delas pode ser muito tóxico.

Panela antiaderente de Teflon

Esse material está envolvido em muitos mitos e assusta muita gente. Isso porque, no passado, o Teflon, nome comercial do politetrafluoretileno (PTFE), continha em sua composição o ácido perfluorooctanóico (PFOA), uma substância nociva à saúde. No entanto, isso ficou para trás. Segundo o Food Safety Brazil, panelas com PFOA não são mais fabricadas desde 2015.

Isso significa que continua sendo importante ter atenção aos modelos mais antigos dessa panela.

Algumas das panelas consideradas mais seguras e livres de possíveis malefícios são:

Panela de ferro fundido

A receita já é promovida há anos pelas nossas avós: cozinhar em panela de ferro para aumentar a quantidade do mineral na comida. Mas embora muitos achem que é mito, como destaca Alda, pesquisas apontam que a panela de ferro fundido, de fato, libera ións de ferro, que incrementam os alimentos durante o cozimento.

Panela de vidro

Já a panela de vidro é uma das mais recomendadas. Isso porque não libera metais e nem outras substâncias. É composta por material inerte, ou seja, que não faz reações químicas ou é corroído com facilidade.

Por isso, a panela de vidro é considerada um instrumento totalmente seguro para o preparo da comida. Como desvantagem, há o fato de que possui um material frágil e que não distribui bem o calor.

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