O papa Francisco, hospitalizado há mais de um mês por problemas respiratórios, afirmou neste domingo (16) que está “passando por um período de provação”, com um físico frágil, em sua mensagem do Angelus, enviada por escrito pela quinta semana consecutiva.
“Compartilho com vocês esses pensamentos, pois estou passando por um período de provação e me uno a tantos irmãos e irmãs doentes: frágeis, neste momento, como eu”, escreveu o jesuíta de 88 anos, que se recupera de uma pneumonia bilateral no hospital Gemelli, em Roma.
“O nosso físico está fraco, mas, mesmo assim, nada nos impede de amar, de rezar, de nos doarmos, de sermos uns para os outros, na fé, sinais luminosos de esperança”, acrescentou o pontífice, que, desde sua hospitalização em 14 de fevereiro, não apareceu em público nem teve imagens divulgadas.
O boletim médico mais recente afirma que seu estado de saúde permanece “estável”, mas que o pontífice ainda precisava continuar com a terapia no hospital, apesar da “melhora gradual”.
Desde sua última forte recaída, registrada em 3 de março, o estado de Francisco melhorou gradualmente e, na segunda-feira passada, seu prognóstico deixou de ser reservado. Os médicos, no entanto, ainda não se pronunciaram sobre uma data de alta. O Vaticano aponta para uma recuperação lenta.
A hospitalização é a quarta e mais longa em seus 12 anos de pontificado, o que gera preocupação sobre a continuidade do “Santo Padre” dos católicos, que recentemente descartou a possibilidade de renunciar, como fez o seu antecessor Bento XVI em 2013.
As demonstrações de apoio prosseguem, com orações em todo o mundo. O primeiro papa latino-americano reiterou neste domingo seu agradecimento às pessoas que rezam por sua saúde e à equipe médica que o atende.
Na entrada do hospital, dezenas de crianças gritavam “Papa Francisco, Papa Francisco”, enquanto seguravam balões amarelos e brancos, as cores do Vaticano.
“Obrigado, queridas crianças! O Papa ama vocês e espera sempre encontrá-las. Continuemos a rezar pela paz, especialmente nos países feridos pela guerra: a martirizada Ucrânia, Palestina, Israel, Líbano, Mianmar, Sudão e República Democrática do Congo”, acrescentou o pontífice na mensagem do Angelus.