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Papa Francisco faz 88 anos e se torna o líder mais longevo da Igreja Católica em sete séculos

O pontífice nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1936. (Foto: Reprodução)

O Papa Francisco completou 88 anos de idade nessa terça-feira (17). O pontífice nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1936. Ele tornou-se um dos papas mais velhos a permanecer no cargo. Francisco ultrapassou, na lista dos últimos oito séculos, Clemente XII, que morreu a dois meses de completar 88 anos; e o antecessor Bento XVI, que renunciou ao pontificado em 2013, com 85 anos de idade.

Em termos de idade, o pontífice fica atrás apenas de Celestino III (c. 1106-1198), Gregório XVII (c. 1325-1417), Leão XIII (1810-1903) e Bento XVI (1927-2022).

Filho de emigrantes italianos, Jorge Mario Bergoglio (nome de batismo) trabalhou como técnico químico antes de decidir se dedicar ao sacerdócio. Depois, ele se licenciou em filosofia e teologia. Ordenado padre a 13 de dezembro de 1969, foi responsável pela formação dos novos jesuítas e depois provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).

O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, assumindo o nome de Francisco. Ele é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e também o primeiro pontífice sul-americano.

Papa Francisco se destaca pela preocupação com os mais pobres. Na segunda-feira (16), diante de representantes de bancos italianos, o pontífice criticou os excessos de um sistema financeiro que “esmaga as pessoas”.

“Quando o sistema financeiro esmaga as pessoas, fomenta as desigualdades e se afasta da vida dos territórios, trai seu propósito”, disse o religioso, em um discurso no Vaticano diante de delegações de três instituições bancárias italianas.

No dia de seu 88º aniversário, os jornais italianos “La Repubblica” e “Il Corriere della Sera” publicam algumas antecipações da autobiografia do Papa Francisco, intitulada “Spera”, (Espera) que será publicada em janeiro. O Pontífice relata sua infância em Buenos Aires, o ensinamento recebido da “concentração de humanidade” dos subúrbios urbanos e depois a memória da histórica viagem ao Iraque, em 2021, em meio a dificuldades logísticas e alarmes de segurança.

“Quando alguém me diz que sou um Papa villero (camponês), só rezo para que eu seja digno disso”, diz Francisco, repassando com sua memória aquele “microcosmo complexo, multiétnico, multirreligioso e multicultural” representado pelo barrio Flores, o bairro de Buenos Aires onde viveu sua infância. Aqui “as diferenças eram normais e nós nos respeitávamos”, lembra Bergoglio, recordando grupos de amigos católicos, judeus e muçulmanos, sem distinção. As informações são do jornal Correio Braziliense e do site Vatican News.

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