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Papa Francisco pede que ex-assessor de Bento 16 deixe o Vaticano

Chegou ao fim o encontro sobre o futuro da Igreja Católica. (Foto: Vatican Media)

O papa Francisco solicitou na última semana que o ex-assessor do Papa Bento 16 deixe o Vaticano e volte para a Alemanha. “O Santo Padre providenciou para que Mons. Gaenswein volte, por enquanto, à sua diocese de origem em Freiburg, Alemanha”, diz comunicado.

Georg Gaenswein era uma figura poderosa dentro do Vaticano durante o papado de Bento, que renunciou ao cargo em 2013.

Após a morte de Bento em dezembro de 2022 criaram-se especulações do que aconteceria com Gaenswein, que deve retornar a Alemanha.

Ele tem 66 anos e é excepcionalmente incomum para alguém dessa idade e posição não ter uma designação, dando à decisão do Papa uma sensação de banimento.

Quase todos os secretários papais no passado foram designados para liderar dioceses ou cardeais ou receberam algum outro posto de alto perfil, Gaenswein não.

Ele se encontrou com Francisco várias vezes nos últimos meses sobre seu futuro e houve especulações na mídia católica de que ele esperava conseguir uma designação diplomática como núncio, ou embaixador, em um país.

Ele foi secretário pessoal de Bento 16 desde 2003, quando Bento ainda era o cardeal Joseph Ratzinger, e permaneceu ao seu lado por quase 20 anos, quase 10 deles após a renúncia de Bento 16.

Oração do Angelus

O papa Francisco, que passou por uma cirurgia no abdômen no início de junho, fez a oração do Angelus neste domingo (18) diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, e agradeceu por suas demonstrações de “afeto” durante sua hospitalização.

O pontífice argentino, que tem 86 anos, deixou o hospital Gemelli, em Roma, na sexta-feira (16), após dez dias internado. O procedimento cirúrgico teve como objetivo reparar uma laparocele (hérnia que se forma sobre uma cicatriz, geralmente resultante de uma cirurgia anterior).

“Quero expressar minha gratidão a todos aqueles que, nos dias de minha internação na Policlínica Gemelli, manifestaram afeto, preocupação e amizade”, declarou o papa, debilitado por vários anos por problemas de saúde, especialmente no intestino e nas articulações.

“Esta proximidade humana e espiritual tem sido uma grande ajuda e consolo para mim.”

O papa, que em várias ocasiões expressou sua preocupação com os dramas ligados à migração, reiterou sua “grande tristeza e muita dor” após o naufrágio na Grécia nesta semana de um barco pesqueiro cheio de migrantes que deixou pelo menos 78 mortos e muitos desaparecidos.

“Parece que o mar estava calmo. Renovo minha oração por aqueles que perderam a vida e imploro que tudo seja feito sempre para evitar tragédias semelhantes”, Francisco.

Ele também se pronunciou sobre o ataque na noite desta sexta cometido um grupo ligado ao Estado Islâmico em escola em Uganda, que deixou pelo menos 41 mortos, a maioria estudantes.

“Rezo pelos jovens estudantes vítimas do brutal ataque perpetrado contra uma escola no oeste de Uganda”, declarou o pontífice, após a oração do Angelus. “Esta luta, esta guerra em todos os lugares. Rezemos pela paz.” As informações são do portal de notícias G1 e da agência de notícias AFP.

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