Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2024
"Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve de abandonar suas casas", disse Francisco.
Foto: Reprodução/YouTube VaticansO papa Francisco manifestou sua solidariedade aos afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Ao final da oração Regina Caeli, nesse domingo (5), na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa afirmou aos fiéis:
“Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas.”
O portal do Vaticano também compartilhou depoimento de Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre:
“A situação realmente é caótica. Temos várias vilas, bairros completamente debaixo d’água. A cidade de Eldorado do Sul praticamente toda debaixo d água. Em Canoas nós tivemos essa noite que evacuar mais de cinquenta mil pessoas. O Exército, a Defesa Civil, o pessoal das nossas comunidades, gente de fora do Estado, enfim, é muita gente colaborando. Ainda existe muita gente em cima de telhado de casas, até mesmo árvores, esperando por socorro. Parece que o Guaíba parou de subir agora. No entanto, ele vai permanecer por vários dias com nível alto. Vários bairros da cidade de Porto Alegre também estão debaixo d’água. O nosso centro administrativo também foi tomado pela água. Enfim, várias igrejas… é realmente uma situação jamais vista não só aqui na nossa região, mas em todo o Estado.”
Tragédia
Balanço divulgado pela Defesa Civil de Rio Grande do Sul, no início da noite desse domingo, mostra que o número de mortos em razão das fortes chuvas, que atingem o Estado desde a semana passada, subiu para 78. Ainda há 4 possíveis óbitos em investigação e 105 desaparecidos. As chuvas já afetam 341 dos 497 municípios gaúchos.
Além dos óbitos, o Estado contabiliza 175 feridos. Ao todo, 844.673 pessoas foram afetadas pelas tempestades em território gaúcho, sendo que 115.844 estão desalojadas e 18.487 estão em abrigos.
A marca já supera a última tragédia ambiental do RS, em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), decretou estado de calamidade, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retornou ao estado para coordenar os esforços federais de resgate às vítimas com autoridades locais.
Lula sobrevoou nesse domingo as áreas atingidas pelas fortes chuvas na Região Metropolitana de Porto Alegre. O chefe do Executivo desembarcou mais cedo na base aérea de Canoas para acompanhar a situação das vítimas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Lula chegou com a primeira-dama Janja da Silva e uma comitiva formada por 13 ministros de Estado e outras autoridades, a exemplo dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas.
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