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Ali Klemt Papo de homem

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(Foto: Freepik)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Vou começar uma campanha. Agora. Pelos homens. Pelo mundo.

Eu, que tanto falo sobre o universo feminino, que lidero um grupo absurdamente incrível de mulheres (Aliadas), resolvi olhar um pouco, também, para os homens. Afinal, tenho três deles casa.

Mais que isso, digo, repetidamente, que não adianta lutarmos pelas mulheres sem envolver os homens. Os homens são nossos parceiros essenciais. São quem nos apoiam, protegem, fortalecem, estimulam e complementam, muitas e muitas vezes. O mundo é assim, perfeito, porque é Yin e Yang.

Mas os homens estão perdidos. E eu entendo. Depois de séculos e séculos de protagonismo absoluto, as mulheres usaram os últimos cem anos para revolucionar, assumir as rédeas e tomar o poder. Falta muito ainda, mas obtivemos conquistas pela igualdade inacreditáveis nas últimas décadas: direito a voto, divórcio, a derrocada da ideia da “mulher honesta”, o espaço no mercado de trabalho. A pílula anticoncepcional e a liberdade sexual. Poder não querer um relacionamento sério. Poder não querer ter filhos. Poder querer ou não qualquer coisa, afinal.

E os homens, gente? Como lidar com esse furacão de progesterona que abalou a sociedade, mantendo a sua essência, mas tendo que se adaptar? Difícil. Eles estão perdidos.

As próximas gerações já vêm sendo treinadas pela geração “mulheres empoderadas”, e o risco de serem homens vulneráveis demais é grande. E nenhum excesso é bom. A mulher não deve mandar, nem o homem. Há que haver um equilíbrio lindo, essa dança dos opostos que se equilibram e que cria algo ainda mais incrível, que é a energia de um ambiente completo.

Os homens estão perdidos. Repito. E eles precisam conversar sobre isso. Precisam entender que é hora de olhar para dentro de si, de investir em autoconhecimento. De entender o seu lugar no mundo, como homem e como ser humano. As mulheres fazem isso há tempos: mais humildes quanto às suas próprias habilidades, serão sempre mais abertas a aprender.

Homens, comecem conversando entre si. Sobre suas vulnerabilidades e medos. Sobre suas paixões e anseios. Batam papo sobre a vida, sobre espiritualidade e sobre relacionamentos. Falem. Ponham pra fora. Troquem entre si. Riam e reclamem das mulheres, mas desatem os nós que se formaram no decorrer dessa jornada que virou de cabeça para baixo os papéis que a sociedade tinha imposto a todos. E que mudou, simples assim.

Conversem, homens. O mundo é melhor com vocês quando conscientes, resolvidos e abertos para amar. Precisamos estar juntos nessa.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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