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Para a Organização Mundial da Saúde, a situação da pandemia de coronavírus no Brasil “continua a ser de muita preocupação”

Ryan lembrou que a lista de tarefas é "fácil de dizer e difícil de atingir". (Foto: Reprodução)

O diretor-executivo da OMS (Organização Mundial de Saúde), Michael Ryan, afirmou nesta segunda-feira (03) que a situação do Brasil na pandemia “continua a ser de muita preocupação”.

Ao ser questionado sobre o quadro no país, Ryan lembrou que muitos Estados têm registrados números altos de casos, com o Brasil tendo cerca de mil mortes diárias na média pela doença recentemente. Ele insistiu na importância de haver coordenação entre os governos e as comunidades.

“Suprimir a intensa transmissão comunitária é o primeiro passo. Os governos precisam fazer sua parte para detectar casos, isolá-los, rastrear contatos quando for possível e criar condições para que a doença não possa se disseminar facilmente”,  afirmou, mencionando também que é preciso “evitar aglomerações”.

Ryan lembrou que a lista de tarefas é “fácil de dizer e difícil de atingir”. Segundo ele, os países com transmissão intensa da doença têm um “caminho longo” pela frente. “Não há bala mágica”, afirmou, repetindo declaração anterior do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no início da coletiva.

O diretor-executivo disse que alguns países precisarão “dar um passo atrás” para reavaliar como lidam com a pandemia em nível nacional, a fim de suprimir o vírus. Também presente na coletiva, a líder da resposta da OMS à pandemia da Covid-19, Maria Van Kerkhove, destacou a importância de se mobilizar recursos para as áreas mais afetadas de um país.

“Há tremendos recursos no Brasil e o desejo de atacar esse problema. É preciso que exista capacidade de testar, para se saber onde o vírus está”, disse, insistindo para que se apliquem as medidas já conhecidas e eficazes para conter a transmissão, como o uso de máscaras e testagem, por exemplo.

Ainda na resposta sobre o Brasil, Adhanom disse que os países mais afetados não devem esmorecer. “Nunca é tarde demais. Sigam a estratégia abrangente contra a doença”. Ele lembrou, na coletiva, que os testes de vacina têm avançado, mas não será possível saber se há vacina eficaz, nem por quanto tempo, até que eles terminem.

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