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Para a União Europeia, o Google e o Facebook precisam fazer mais para combater as notícias falsas

"Eles devem monitorar sua eficiência e adaptar-se continuamente para novos meios usados para disseminar a desinformação. Não há tempo a perder", disse Ansip. 

Empresas como Google, Facebook, Twitter e Mozilla precisam fazer mais para combater a disseminação de notícias falsas no território europeu, disse a Comissão Europeia nesta terça-feira (29). A declaração da autoridade regulatória europeia leva em consideração o fato de que haverá eleições para o Parlamento Europeu nesse ano.

Empresas e conselhos de comércio representando a indústria publicitária assinaram um acordo voluntário de conduta em outubro, mas os críticos dizem que não é o suficiente. Para Andrus Ansip, comissário da UE para o mercado digital, os signatários tomaram passos para remover contas falsas e limitar o alcance de sites promovendo fake news, mas mais é necessário.

“Agora eles devem fazer com que essas ferramentas estejam disponíveis para todo cidadão na União Europeia. Também devem monitorar sua eficiência e adaptar-se continuamente para novos meios usados para disseminar a desinformação. Não há tempo a perder”, disse Ansip.

Em maio, o Parlamento Europeu terá eleições. Além disso, haverá pleitos locais na Bélgica, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Grécia, Polônia, Portugal e Ucrânia.

A Comissão Europeia também fez comentários sobre cada empresa especificamente: o Facebook deve ser mais claro para explicar suas ferramentas contra notícias falsas; o Google deve expandir suas ações para mais países. O Twitter deve fornecer mais detalhes de suas medidas, enquanto a Mozilla, responsável pelo Firefox, deve fornecer mais informações sobre como limita o acesso às atividades de navegação de seus usuários.

Em resposta, o Google disse que anunciou diversas medidas, como divulgar quais organizações políticas ou grupos de ativismo estão pagando por anúncios em meio às eleições do Parlamento Europeu. A empresa também vai organizar uma biblioteca com esses anúncios. Já o Facebook disse, em nota, que “a batalha contra notícias falsas é contínua e precisamos trabalhar junto a outros atores na indústria de tecnologia, autoridades e governos para ter progresso”.

O Twitter, por sua vez, emitiu um comunicado dizendo que fez diversas mudanças, incluindo “melhorias nas políticas de segurança, ferramentas para detecção de atividade maliciosa e padrões mais exigentes de anúncios”. A Mozilla, por sua vez, não comentou imediatamente o assunto.

 

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