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Mundo Para as empresas, o novo presidente dos Estados Unidos pode ser menos hospitaleiro, mas será mais previsível

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Alguns bancos já começaram a rejeitar depósitos por excesso de dinheiro em caixa. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Esta eleição aparentemente trouxe um cenário favorável aos negócios: um presidente democrata moderado cujos planos mais agressivos não podem ser aprovados no Senado, mas que evita a imprevisibilidade que muitas vezes marcou o governo Trump.

Joe Biden, que conquistou os 270 votos do colégio eleitoral necessários para vencer a eleição, concorreu em uma das plataformas democratas mais progressistas em décadas. Ele prevê aumento de impostos sobre investidores e empresas, uma opção de seguro de saúde público para Obamacare, preços mais baixos de medicamentos e planos ousados para enfrentar as mudanças climáticas e capacitar os sindicatos.

A legislação necessária para implementar grande parte dessa agenda pode não passar pelo Senado. Com base no resultado provável das disputas que ainda não foram concluídas, incluindo segundo turno para as duas vagas da Geórgia, os republicanos têm a vantagem de manter o controle da casa. Ainda é possível mais estímulo fiscal, embora bem inferior ao que os democratas no Congresso haviam proposto.

Biden ainda pode exercer uma influência considerável por meio de ações executivas e agências regulatórias, mas isso pode ser contido por um judiciário mais conservador e um Senado não inclinado a confirmar nomeações dos democratas.

A Presidência de Biden também romperia com algumas características da administração de Trump que não eram populares entre os negócios: relações comerciais tensas com outros países marcadas pelo uso frequente ou ameaça de sobretaxas, restrições a trabalhadores estrangeiros e críticas severas às empresas, citando os nomes, no Twitter.

Neste momento, a maior preocupação dos executivos das empresas é com o ressurgimento da pandemia de covid-19. Como uma vacina pode não estar amplamente disponível antes do segundo trimestre de 2021, eles se preocupam com novos lockdowns para conter as infecções.

Biden disse no final da campanha: “Não vou fechar a economia. Vou acabar com o vírus”. Para fazer isso, ele prometeu que o governo federal será mais pró-ativo do que no governo de Trump, que basicamente deixou para os Estados o encargo de combater a pandemia.

Biden determinará o uso de máscaras em órgãos públicos federais, ao mesmo tempo que vai pressionar os governos estaduais e locais a fazer o mesmo. Seu governo vai elaborar diretrizes federais sobre quando e em que medida Estados, escolas e governos locais devem aumentar ou diminuir as restrições de distanciamento social, dependendo das infecções locais. O democrata direcionará mais recursos federais para o desenvolvimento de testes mais rápidos para detectar a covid-19 e mais locais para teste “drive-through” e um esquema de rastreamento de contato.

Essas medidas podem potencialmente trazer a pandemia sob controle mais rapidamente por meio de lockdowns localizados e direcionados que teriam um impacto econômico de de curto prazo. Mas Biden, como Trump, não pode obrigar os Estados a obedecerem, e muitos governadores republicanos provavelmente resistirão à essas medidas.

As empresas também contam com mais estímulos federais para acelerar a recuperação, uma perspectiva que proporcionou impulso as ações recentemente. Mas Biden não especificou os detalhes de qualquer estímulo que irá propor como presidente, já que isso depende do que for promulgado antes do encerramento do atual Congresso. Originalmente os democratas propuseram um pacote de ao menos US$ 2 trilhões, incluindo apoio aos governos estaduais e locais para evitar demissões; benefícios de seguro-desemprego ampliado; e a renovação de um programa de ajuda às pequenas empresas.

Mas com os republicanos na esperança de manter o controle do Senado, eles continuarão a se opor a tanta ajuda, e um pacote final provavelmente será muito menor.

Os planos fiscais de Biden incluem o aumento da alíquota do imposto para pessoa jurídica para 28% dos atuais 21% (embora ainda abaixo de 35%, onde estava no governo do presidente Obama) e o imposto mínimo sobre a renda obtida no exterior de 10,5% para 21%. Ele também prometeu revogar uma dedução de 20% sobre a renda que beneficia os mais ricos.

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