Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2024
A operação é usada pelo Banco Central para evitar fortes variações no mercado de câmbio.
Foto: DivulgaçãoO Banco Central anunciou que vai realizar leilão adicional de “swap cambial” nesta terça-feira (2). Essa operação significa venda de dólar no mercado futuro, sem necessariamente afetar as reservas do País.
A intervenção – primeira no governo Lula – foi anunciada em um dia no qual a moeda norte-americana chegou a ser cotada a R$ 5,06.
Os contratos de “swap”, mesmo sendo ofertados no mercado futuro, influenciam a cotação do dólar no mercado a vista.
A operação é usada pelo Banco Central para evitar fortes variações no mercado de câmbio.
O Banco Central explicou que isso é necessário diante dos efeitos do resgate de Nota do Tesouro Nacional, subsérie A3 (NTN-A3), que são títulos atrelados ao câmbio.
A data do resgate está prevista para 15 de abril.
Como funciona
No leilão, o BC especifica o volume de contratos e a taxa de swap. Os participantes do mercado (como bancos e outras instituições financeiras) então oferecem lances com base nesses contratos.
Uma vez acordados, os contratos têm uma data de vencimento predeterminada, quando ocorrerá o ajuste financeiro entre as partes, baseado na variação da taxa de câmbio e das taxas de juros envolvidas.
Se o real se desvaloriza em relação à moeda estrangeira, o banco central paga a diferença aos detentores dos contratos; se o real se valoriza, os detentores dos contratos pagam a diferença ao BC.
Esse mecanismo permite uma intervenção indireta no mercado de câmbio, com impactos sobre a taxa de câmbio sem afetar as reservas de moeda estrangeira do País.