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Economia Para conter a alta do dólar, Lula precisa recuar em sua “cruzada” contra o Banco Central, avalia a equipe econômica

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Em janeiro, o dólar rodava abaixo dos R$ 5. Agora já se aproxima dos R$ 6. (Foto: EBC)

Para conter a escalada do dólar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisará recuar em sua cruzada contra o Banco Central (BC) e o atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. Esse é o diagnóstico presente hoje na cúpula da equipe econômica.

Integrantes do time econômico até admitem, sob reserva, haver certa “implicância” do mercado com o governo, mas enxergam na atuação recente do petista o combustível ideal para os especuladores.

Lula tem, semana após semana, contribuído para especulações diversas: seja sobre seu real compromisso com o ajuste fiscal, seja em relação ao seu apreço pela independência do Banco Central. Em resumo, o cenário já é difícil e o governo precisa se ajudar, indicam integrantes da equipe econômica.

Essa visão é compartilhada nos bastidores, mas fica cada vez mais evidente nas reiteradas manifestações dadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Nessa terça-feira (2), ele foi explícito ao dizer que é preciso ajustar a “comunicação” sobre a autonomia do Banco Central e o empenho do governo com o arcabouço fiscal.

“O melhor a fazer é acertar a comunicação”, disse o ministro a jornalistas no Ministério da Fazenda. “Não vejo nada fora disso: autonomia do Banco Central e rigidez do arcabouço fiscal. É isso que vai tranquilizar as pessoas.”

Na noite anterior, o ministro havia dito que muitos “ruídos” vinham empurrando a cotação do dólar e que o governo precisava informar melhor seus resultados. O ministro sabe que essa comunicação passa pelo presidente da República e vem tentando encaixar em suas manifestações seu desejo de alertá-lo. Até o momento, sem muito sucesso.

Integrantes do time de Haddad lembram que o dólar vem ganhando força no mundo todo, mas o real está sendo mais penalizado do que outras moedas de países emergentes. Não dá, portanto, para ignorar as questões internas.

A expectativa da equipe econômica é conseguir destravar parte da agenda de corte de gastos nesta quarta-feira (3), quando Lula reunirá os ministros da junta orçamentária.

O levantamento de caminhos possíveis vem sendo feito nos últimos meses. Até agora, no entanto, além de não ter dado aval para os anúncios, Lula vem bloqueando possibilidades publicamente. O presidente já negou, por exemplo, que vá autorizar a desvinculação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e de pensões do salário mínimo.

A equipe econômica deseja que o pacote de corte de gastos seja estruturado em “três pilares”: governança, melhorias nas despesas e “algo mais estrutural”, que significaria uma reforma mais ambiciosa como a desvinculação do mínimo, por exemplo.

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