Por Redação O Sul | 22 de novembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Dados da Superintendência Nacional de Previdência Complementar mostram que 84 das 308 entidades supervisionadas pela autarquia, somam déficit de 87 bilhões, quase dez vezes maior do que há seis anos. Desse valor, 96 por cento são de fundos ligados a empresas públicas. Prova da incompetência e falta de honestidade dos gestores, prejudicando milhões de pessoas.
Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o projeto que proíbe pessoas ligadas a partidos políticos de gerir fundos de pensão de empresas públicas e entidades. Agora, o texto seguirá para o plenário da Câmara. Se aprovado, chegará para análise no Senado. Não se pode admitir outra decisão que não seja a da vigência do projeto transformado em lei, acabando com os cabides de emprego.
Onde ficará
Assessores de Lucas Redecker procuram uma sala próxima à Praça da Matriz para instalar o escritório político. Indicação clara de que assumirá sua vaga na Câmara dos Deputados, abrindo mão da Chefia da Casa Civil do Palácio Piratini.
Nos bastidores
Ainda que não seja muito visível, o prefeito Nelson Marchezan Júnior está tendo forte influência na composição do governo estadual. Retribuição ao seu empenho na campanha em que Leite disputou a Prefeitura. Marchezan acampou e não saiu de Pelotas até a vitória final, a 28 de outubro de 2012.
Em suspense
A Assembleia Legislativa completou ontem a quinta semana sem movimentar o placar eletrônico do plenário. Há motivos:
1º) a tentativa do futuro governador de obter maioria para aprovar a prorrogação por dois anos do aumento do ICMS.
2º) o exame da validade do reajuste salarial, em função do prazo, se for votado o projeto que beneficia o funcionalismo estadual, com exceção do Executivo.
Se a decisão sobre os dois projetos vier a correr em data próxima ao começo do recesso, o novo governo vetará o reajuste.
Começo difícil
A Comissão de Finanças da Assembleia vota, hoje pela manhã, o parecer do deputado Adilson Troca sobre o orçamento do Estado para 2019, com previsão de déficit de 7 bilhões e 400 milhões de reais.
Causa e efeito
Troca afirma que o valor total obtido com a prorrogação da alíquota do ICMS será equivalente aos reajustes que a Assembleia tende a aprovar.
Em busca de vaga
A sala da bancada do PSDB na Assembleia Legislativa é o local para onde convergem, neste momento, muitos currículos. A assessoria de Leite repete que usará o mesmo critério da formação da equipe de Marchezan: as escolhas serão feitas a partir de um banco de talentos.
Voando baixo
A choradeira de prefeitos em Brasília, ontem, demonstra que a renegociação das dívidas previdenciárias dos municípios, aprovada em agosto deste ano no Congresso, não será o suficiente. O valor total é de 48 bilhões de reais com prazo de 200 meses para pagar. Não conseguem, mesmo tendo ocorrido desconto nos juros e nas multas.
Formato esgotado
Completam-se hoje 27 dias desde a última apresentação do programa de propaganda eleitoral obrigatória. Foi um festival de promessas irrealizáveis numa maçaroca formal, tantas vezes condenada pela opinião pública em campanhas anteriores.
Veremos reprise
A expectativa era de que, conhecidos os resultados das urnas, partidos políticos e especialistas em marketing se reuniriam para buscar um novo modelo, que respeite mais os ouvintes e os telespectadores. Até agora, nem sinal. Quando começarem a se movimentar, estarão às vésperas de nova campanha. É sempre assim.
Há 25 anos
A corrupção também põe em risco a Democracia. Foi o que ocorreu em 1993 na Itália. Neofascistas, comunistas e a Liga Lombarda foram para o 2º turno das eleições, menos pelas ideias extremistas que representavam, mas por não terem se imiscuído nos escândalos financeiros que abalaram o país, resultando na Operação Mãos Limpas. Quando a maioria dos eleitores percebeu, já era tarde.
Radiografia
“Muita saúva e pouca saúde, os males do Brasil são.” (Mário de Andrade, um dos fundadores do Movimento Modernista).
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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