A presidenta Dilma Rousseff condenou o que chamou de “vazamentos premeditados e direcionados”. Sem citar a divulgação de acusações feitas pelo ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo, Dilma disse que são parte de uma “trama golpista” as supostas revelações de que doações da empreiteira para sua campanha de reeleição foram fruto de propina. Ela pediu que o Ministério da Justiça tome as medidas cabíveis para apurar o que chamou de “vazamento das informações”.
“Na trama golpista, gostaria de destacar, também, o uso de vazamentos seletivos. A nossa Constituição, que garante a privacidade, mas, sobretudo, a legislação vigente, proíbem, vazamentos que hoje, na verdade, constituem vazamentos premeditados, vazamentos direcionados, com o claro objetivo de criar ambiente propício ao golpe. Vazar porque não é necessário provar, basta noticiar, basta acusar, basta usar de testemunhos falsos”, afirmou Dilma.
A presidenta sinalizou que podem surgir, nos próximos dias, mais notícias desagradáveis para o governo. Tanto ela quanto o ministro da Comunicação, Edinho Silva, tesoureiro da campanha de reeleição, disseram que é preciso dar um “basta aos vazamentos”. “Nós poderemos ter, nos próximos dias, muitos vazamentos oportunistas e seletivos”, disse Dilma.