O presidente Jair Bolsonaro tem se dedicado a encontrar uma saída para a crise política que tem como protagonista o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM). Depois de esvaziar as funções do auxiliar, retirando na quinta-feira (30) de seu comando o PPI (Programa de Parceria de Investimentos), o presidente agora discute formas de contemplar o aliado em outro cargo na Esplanada dos Ministérios.
Segundo a reportagem, Bolsonaro lembra que Onyx foi um aliado de primeira hora e que, mesmo insatisfeito com o seu trabalho na Casa Civil, não pretende abandoná-lo.
De acordo com auxiliares presidenciais, Bolsonaro avalia três hipóteses para Onyx: alocá-lo no Desenvolvimento Regional, na Cidadania ou na Educação. As duas últimas pastas são comandadas por aliados do ministro gaúcho, o que, na visão do Palácio do Planalto, seria uma saída menos traumática.
Caso opte por alocar Onyx na Educação, Bolsonaro atenderá ainda a ala do governo e parlamentares que cobram a demissão do atual ministro, Abraham Weintraub.
O atual titular da Educação está desgastado pela atual crise do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e tem sido criticado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, está também desgastado com Bolsonaro. Desde o ano passado, o presidente tem se queixado do desempenho dele e cogitado retirá-lo da pasta. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.