Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2016
O Palácio do Planalto está em busca de um porta-voz que possa concentrar a divulgação de informações relacionadas ao governo de Michel Temer.
O presidente e sua equipe mais próxima estão incomodados com a quantidade de autoridades que falam em nome do governo e acabam por disseminar informações contraditórias e, em alguns casos, que não foram totalmente amadurecidas e ainda estão em discussão.
Um dos exemplos foi a confusão causada pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, na semana passada. Ele criou uma controvérsia ao admitir que a reforma trabalhista permitiria a adoção de jornadas de trabalho de até 12 horas por dia para algumas profissões, desde que limitadas às 48 horas semanais previstas atualmente, incluindo horas extras.
O núcleo central do governo ficou irritado com a declaração porque as medidas ainda estão sendo discutidas internamente e, na avaliação do Planalto, só devem ser levadas ao debate público após o debate da reforma da Previdência.
Os assessores de Temer estão em busca de alguém que possa ter “a cara do novo governo” mas ainda encontram dificuldades para identificar o porta-voz ideal.
Inicialmente, se cogitou escolher algum diplomata que possa repassar a opinião do governo sem ter qualquer vinculação que o leve a emitir juízos de valor. Outra ideia é escolher uma mulher para o posto, o que ajudaria a dirimir as críticas feitas ao governo sobre a falta de representatividade de gênero. (Folhapress)