Terça-feira, 04 de março de 2025
Por Redação O Sul | 30 de abril de 2019
A exemplo de outros feriados previstos no calendário anual, nesta quarta-feira o Dia do Trabalho receberá uma atenção especial por parte das autoridades de trânsito no Rio Grande do Sul. Trata-se de 102ª edição da operação “Viagem Segura”.
Com a finalidade primordial de reduzir o número de acidentes e vítimas, agentes do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), BM (Brigada Militar), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e órgãos de trânsito municipais estarão mobilizados durante 24 horas.
Para a diretora institucional do Detran-RS, Diza Gonzaga, a redução dos índices de acidentes passa também pela conscientização dos motoristas, além das ações de fiscalização de trânsito:
“Os dados sobre acidentes mostram impactos severos em vidas e em famílias, daí a importância de os motoristas e demais ocupantes do veículo atuarem como ‘fiscais da vida’, para que o feriado seja tranquilo nas estradas”.
Estatísticas negativas
Ao longo do ano passado, foram cinco dias de feriadão, momentos em que tradicionalmente sobe o movimento de veículos nas rodovias estaduais e federais. Saldo: 37 mortes (considerando-se as ocorridas em um período de até 30 dias após o acidente), o que dá uma média de 7,4 casos fatais a cada dia que deveria ser de lazer, descanso de confraternização).
Esse indicador estatístico foi ainda maior que o verificado em 2017, quando 24 pessoas perderam a vida dessa forma em quatro dias de feriadão, o que dá uma média de seis mortos/dia.
Uma análise realizada pelo Detran mostra que, nos feriados do Dia do Trabalho entre os anos de 2007 e 2018, ocorreram 303 acidentes com mortes no Rio Grande do Sul, que resultaram em 337 óbitos. Ou seja: uma morte a cada três horas e 21 minutos, em média.
A média geral é de 7,17 casos fatais por dia, sendo que os dias intermediários do feriado registraram maior número de mortes. Quase 60% dessas perdas humanas ocorreram em estradas. Nas rodovias federais, a BR-290 e a BR-116 lideram essa estatística, respectivamente com 17 e 20 mortes. Nas rodoviais estaduais, as mais violentas foram as RS-122 (com 13 mortes) e RS-324 (dez óbitos).
(Marcello Campos)