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Para Fiergs, aumento da taxa básica de juros  prejudica a produção e o emprego 

"A recessão acelerada e o encaminhamento de uma definição para a crise política, qualquer que seja seu sentido, certamente pesaram na decisão [do Copom]", disse Heitor Müller (Foto: Banco de Dados)

A Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul) criticou a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de aumentar a Selic (a taxa básica de juros) em 0,50 ponto percentual, para 13,75% ao ano, nesta quarta-feira (04). Segundo a entidade, a medida prejudica a produção e o emprego.

“Entendemos que o reequilíbrio da economia brasileira é uma condição necessária para a retomada do crescimento. Porém, o aumento da taxa de juros representa um peso adicional sobre os empresários e os consumidores, que já estão penalizados pelas elevações de tributos. A contribuição do setor público deveria ser mais ativa, através de um profundo corte nos gastos, na redução do endividamento e de propostas para expansão da competitividade e dos investimentos”, afirmou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.

Ele salientou ainda que o cenário macroeconômico vem se deteriorando. O resultado do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre deste ano registrou uma queda de 0,9% no acumulado em 12 meses. Na mesma base de comparação, a produção industrial e as vendas do comércio varejista tiveram retração de 4,7% e 3,4%, respectivamente. Também foram fechados 64,9 mil postos de trabalho formais.

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