Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de maio de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O prefeito de São Paulo, João Doria, tem duas gravações em seu celular, que mostra a amigos muito próximos. Uma com o discurso do francês Emmanuel Macron em quem passa a se espelhar. A outra é seu próprio pronunciamento, batendo em Lula, que espera ter como adversário na próxima eleição presidencial.
Foi uma das informações repassadas durante a palestra que a colunista Eliane Cantanhêde, do jornal O Estado de São Paulo e da Globo News, fez ontem, no Hotel Plaza São Rafael, com o título “Brasil: cenários após o fim do mundo”. Iniciativa do SINDHA (Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região).
Entre altos e baixos
Outras considerações de Eliane:
1 – O ex-presidente Lula perdeu a chance de fazer as reformas necessárias quando tinha 80 por cento de apoio da população. Entre o que era bom para o País e oportuno para sua popularidade, ficou com a segunda opção.
2 – Lula é o eixo da eleição presidencial. Se ele não emplacar como candidato, o substituto será Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo.
3 – João Doria aparece como candidato das multidões, ungido pela falta de alternativas.
4 – José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin foram atingidos por delações e seus eleitores prezam muito a honestidade.
5 – Marina Silva se omitiu no momento dramático do impeachment.
6 – Jair Bolsonaro é a rejeição do resto.
Foco crítico
O professor Carlos Melo, articulista de O Estado de São Paulo, foi o segundo palestrante ontem, no Plaza. Principais pontos de sua explanação:
1 – Referindo-se ao próximo presidente da República, disse que “o País está à espera do Noé, que vai salvar todo mundo na arca”.
2 – Chamou a atenção para um fato inusitado: a maioria dos brasileiros conhece o nome dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, mas não sabe a escalação da seleção brasileira de futebol.
3 – O sistema político não se renovou e não está sintonizado com a modernidade.
4 – A coalizão presidencial funciona no primeiro ano, quando há cargos para oferecer. Depois vai escasseando. No quarto mandato, o PT já não tinha o que dar.
5 – A regra do poder é esta: vai lá e compra.
6 – Faltam líderes e aglutinadores na Política.
7 – João Dória tem um discurso para a elite e outro para o povão.
8 – O presidente tem prazo até outubro para aprovar o que precisa. Depois, poderá esquecer.
Consultas
O PP começará a 16 de junho série de 28 encontros regionais, que irá até outubro, para definir a candidatura ao governo do Estado.
Na galeria
Às 18h de amanhã, no andar térreo do Palácio Farroupilha, será inaugurada a foto do deputado Edson Brum como integrante da Galeria de Ex-Presidentes da Assembleia.
Saída
Luiz Carlos Fort, vereador por três mandatos em Santa Maria, deixou o PT após 26 anos de filiação.
Embretados
Com quatro meses e meio de gestão, começa a desinflamar o ego da maioria dos prefeitos, diante do pouco dinheiro em caixa.
Cena não se altera
Sai governo, entra governo e permanece em cartaz o filme O Lucro das Ilusões.
Conflito
Falta fiscalização: minoria de taxistas ataca com ovos motoristas de automóveis com aplicativos na Estação Rodoviária de Porto Alegre.
Voz da experiência
Antigo ditado: na Política, emoções fortes são péssimas conselheiras.
Temperatura alta
Torradeira é o utensílio político da moda, especial para os mais afoitos.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.