Quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025
Por Flavio Pereira | 26 de fevereiro de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O deputado federal Osmar Terra (MDB) avalia que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/25, que acaba com a escala de trabalho 6×1, protocolada na Câmara dos Deputados ontem (25) por parlamentares da base do governo, traria como consequência imediata o caos econômico. O texto, que estabelece jornada de quatro dias por semana e três de descanso, conseguiu o apoio de 171 deputados para começar a tramitar na Casa.
Terra lembra que, “atualmente, a Constituição estabelece que a jornada deve ser de até 8 horas diárias e até 44 horas semanais, o que viabiliza o trabalho por seis dias com um dia de descanso. Já a PEC prevê duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 36 horas semanais”.
Contraponto sugerido por Terra: salário mínimo de R$ 10 mil
O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) rebate a ideia:
“Por que não R$ 10 mil de salário mínimo ou três dias de trabalho e quatro de folga? Mais: o salário menor de aposentadoria pode ser equivalente a dois salários mínimos e sua correção ser sem fator previdenciário. E para cereja do bolo os funcionários públicos trabalharem também 3 dias por semana. Terra adverte: “A consequência imediata seria o caos econômico, centenas de milhares de empresas não suportariam o aumento abrupto de mais de 50% do custo da folha e fechariam as portas.”
As que arcassem com a despesa extra, diminuiriam sua capacidade de investimento e competição com empresas de fora, diminuindo seu tempo de existência, além de repassar parte dessa despesa para o preço das mercadorias, que ficariam bem mais caras, começando pela comida nos supermercados. O aumento do custo no setor público aumentaria o risco de fechamento de postos de saúde, hospitais e escolas, aumentando a desassistência de forma generalizada. Terra conclui:
“A autora da proposta, a deputada Érika Hilton (PSOL-SP), confessou candidamente que não tinha estudos do impacto econômico dessa alteração. Em que mundo vive essa gente?”
Governo Federal anuncia investimento de R$ 161 bi em leilões rodoviários: dois lotes no RS
O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), anunciou em evento promovido pela Bolsa de Valores do Brasil (B3), em São Paulo, que está previsto para esta semana o 10º leilão de infraestrutura de sua gestão à frente da pasta. Ao todo, serão 15 leilões. O cronograma inclui obras no Rio Grande do Sul, que ainda dependem de análises da ANTT e do TCU:
* BRs-115/158/392/290/RS Rota Integração do Sul: Dezembro (a confirmar)
* Ponte Binacional São Borja – São Tomé: Abril (a confirmar)
Para o líder da oposição, “gestão de Nísia Trindade foi marcada por uma série de episódios lamentáveis”
Líder da oposição na Câmara dos Deputados, o deputado federal Luciano Zucco (PL) comenta em nota que “a gestão da ministra Nísia Trindade foi marcada por uma série de episódios lamentáveis. Sob seu comando, o Ministério da Saúde deixou vacinas perderem a validade, índios Yanomamis morreram pela falta de atendimento nas aldeias, o Brasil bateu recordes de casos de dengue, somando mais de seis mil mortes pela doença em 2024”.
Segundo o líder da oposição, “é preciso reavivar a memória e lembrar as informações trazidas pela imprensa, quando a ministra enviou R$ 55 milhões à prefeitura de Cabo Frio. Um mês após essa liberação, o filho de Nísia foi nomeado secretário da Cultura daquele município. Sob sua gestão, o Brasil assistiu estarrecido ao escândalo da infecção por HIV de pacientes transplantados no Rio de Janeiro. E por fim, vejam só, Nísia Trindade foi pega em flagrante com o esquema vacinal contra a covid incompleto. É aquela história que se repete todos os dias nesse desgoverno: dois pesos, duas medidas”, afirmou Zucco.
Lúcia Madruga assume prefeitura em Santa Maria
A vice-prefeita de Santa Maria Lúcia Madruga (PP) tornou-se a primeira mulher a assumir o comando da prefeitura. A posse da vice deu-se com a viagem do prefeito Rodrigo Decimo (PSDB) a São Paulo, que vai durar três dias. Anteriormente, a então vereadora Anita Costa Beber assumiu, de forma momentânea, a prefeitura. Lúcia Madruga foi a primeira mulher eleita ao Executivo assumir o cargo.
Rodrigo Lorenzon considera difícil reversão da inelegibilidade de Jair Bolsonaro
Líder do PL na Assembleia Legislativa, o deputado Rodrigo Lorenzoni considera muito difícil a reversão da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, com base no cenário atual. O deputado fez o comentário ontem ao participar do programa Pampa Debates apresentado pelo jornalista Paulo Sérgio Pinto, na TV Pampa. Para Rodrigo, “no atual momento que nós vivemos, acho muito difícil que o presidente Bolsonaro consiga concorrer, em que pese o meu desejo de vê-lo concorrendo, e por entender que seria o melhor caminho para o Brasil. Mas numa leitura fática do que está ocorrendo hoje eu acho, infelizmente muito difícil, e também acredito que não haverá uma ação unilateral do presidente dos Estados Unidos, que possa interferir no jogo, por mais que eu gostaria que pudesse acontecer, por mais que eu gostaria da reversão da inelegibilidade do Bolsonaro.” Mas o importante, ressalta, “é que estejamos unidos”.
O líder do PL não descarta porém que o surgimento de novas informações, como o relatório da OEA ou os dados da USAID, possam fazer surgir fatos novos nessa questão.
* Instagram: @flaviorrpereira
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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