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Para recordar: a turma do “petrolão” roubou mais de R$ 30 bilhões da Petrobras

Desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF-4)

Aos poucos, os principais personagens flagrados nos sete anos da Operação Lava Jato no cometimento de crimes de dimensão internacional do escândalo do Petrolão e outros, e condenados em diversas instâncias, começam a ganhar liberdade por força de mecanismos burocráticos operados por seus defensores, e aceitos pelos tribunais superiores, em especial pelo STF. Primeiro foi Lula, figura emblemática em toda essa operação criminosa. E dentro em breve, nessa toada, praticamente todos os mentores da roubalheira na Petrobrás e em outras empresas publicas, estarão tranquilamente usufruindo do produto de suas ações criminosas.

Há no ar uma impressão de que no Brasil, o crime que envolve bilhões, realmente compensa.

O balanço feito pelo relator no TRF4

Há pouco mais de um mês, em 10 de março, o Desembargador Federal João Pedro Gebran Neto, relator dos recursos relativos à Operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ao assinalar os sete anos da operação, recordou em sessão que “estão sendo recuperados aos cofres públicos R$ 12,7 bilhões, embora os prejuízos da Petrobras estejam estimados em valores superiores a R$ 30 bilhões. Julgamos mais de 1.300 recursos relacionados à Operação Lava Jato. Alguns deles com evidência na mídia, inclusive perante os Tribunais Superiores. Evidentemente já me manifestei judicialmente sobre essas questões, e me abstenho de comentar as demais decisões judiciais. Nós temos o dever e a responsabilidade de cumpri-las.

Tenho convicção de que, no nosso proceder, atendemos aos seis valores do Código de Bangalore: a) independência; b) imparcialidade; c) integridade; d) idoneidade; e) igualdade; f) competência e diligência. E podemos nos orgulhar disso.

Todos os feitos foram julgados com dedicação, cuidadoso estudo dos autos, acurado exame das provas licitamente obtidas, apreciação dos fatos imputados e dos direitos reivindicados pelas partes. Foram muitas horas de trabalho sério, sacrifício e renúncias pessoal e familiares, em diligente esforço desenvolvido pelos desembargadores e pelas suas respectivas assessorias.

Temos a convicção de que empregamos o máximo das nossas capacidades, de que aplicamos o melhor direito e atuamos com o mais elevado espírito de justiça. As muitas decisões examinadas e mantidas pelo STJ reforçam essa convicção. Nesses sete anos, penso que não temos nada a comemorar, somente destacar o sentimento de termos dignamente cumprido a Constituição Federal, obedecido às leis do país e honrado, por isso mesmo, a confiança depositada pela sociedade brasileira”, afirmou o Desembargador Federal Gebran Neto.

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