Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2016
Em 2012, ao falhar em se reeleger presidente da França, Nicolas Sarkozy prometeu virar a página. Hoje, o centro-direitista está de volta à linha de frente. Pesquisas de opinião mostram que Sarkô, como é chamado, se aproxima de seu rival no partido Os Republicanos, Alain Juppé, na disputa para ser o candidato da legenda à Presidência em 2017.
Quatro anos após deixar o cargo sob escândalos de financiamento partidário, as pesquisas indicam que ele ainda é impopular entre boa parte dos franceses. Juppé, ex-premiê, é mais bem visto em questões econômicas e trabalhistas. No entanto, o clima de ansiedade que tomou a França após os atentados, mudaram a equação, afirma Jérôme Fourquet, especialista em pesquisas no Instituto Francês de Opinião Pública.
A população pede medidas duras para frear os ataques, e dois terços dos franceses perderam confiança na capacidade do governo de lidar com o terrorismo, diz a pesquisa. “O terrorismo virou o tema dominante para os próximos meses, e Sarkozy se adaptou mais rapidamente à nova realidade”, afirma Fourquet. Horas depois de um padre ser degolado por extremistas islâmicos, Sarkozy criticou a política de contraterrorismo regida por benesses legais. “Isso mostra como temos de mudar a dimensão de nossa resposta ao terror”, disse. (Folhapress)