Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 6 de fevereiro de 2016
O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, pôs um fim nas relações muito próximas que mantinha com o PT. Por meio de seus advogados, ele pediu ao juiz federal Sérgio Moro que libere seus bens – confiscados desde novembro, quando foi preso na Operação Passe Livre, desdobramento da Lava-Jato. A defesa alega que todos os ativos que Bumlai amealhou “possuem origem comprovadamente lícita”.
Eles partem para o ataque a outros protagonistas do episódio que envolve um enigmático empréstimo milionário do próprio Bumlai, realizado em outubro de 2004 no Banco Schahin, e a contratação para operar o navio-sonda Vitória 10.000.
“Seria mais coerente impor a constrição aos corréus, os afagados e protegidos donos do Banco Schahin, aos caciques do PT ou ainda aos que compunham a Diretoria Internacional da Petrobras pois, se existe alguém que teve ganho patrimonial com a pouca vergonha da contratação fraudulenta do tal navio-sonda, certamente não foi o peticionário [Bumlai]”, afirmam os criminalistas que defendem o amigo do ex-chefe do Executivo brasileiro.
O ataque de Bumlai escancara o rompimento com o partido que seu amigo fundou no início dos anos 1980. Admirador de Lula, o pecuarista se prestou a fazer o empréstimo que o levou à prisão no dia 24 de novembro de 2015, sob acusação formal de gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. (AE)