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Paraguai espera desculpas do Brasil após invasão na fronteira

Loizaga, ministro paraguaio das Relações Exteriores. (Foto: Jody Amiet/AFP)

O Paraguai espera que o Brasil peça desculpas pelo que considerou uma violação a seu território por militares brasileiros em uma perseguição a contrabandistas na sexta-feira, afirmou nesse domingo o chanceler Eladio Loizaga a jornalistas. “Foi uma flagrante violação da soberania fluvial”, argumentou o ministro das Relações Exteriores paraguaio. Ele pediu “uma resposta satisfatória” por parte das autoridades brasileiras.

Loizaga declarou que o governo de Horacio Cartes apresentou um protesto diplomático depois de convocar seu embaixador de volta a Assunção. Os militares brasileiros que teriam ultrapassado a fronteira participavam desde o mês de julho da Operação Agatha, de repressão ao contrabando.
Segundo fontes do governo paraguaio, os brasileiros trocaram tiros com supostos contrabandistas na altura do Porto Adela, do Paraguai, que fica em frente ao Porto Mendes, do Brasil, sobre o lago de Itaipu. A Operação Agatha é executada em toda a fronteira entre os países e, segundo as autoridades brasileiras, o Porto Adela é um dos epicentros do contrabando de diversas mercadorias.
O ministro declarou lamentar o incidente, que acontece “em um momento em que as relações estão em seu melhor estado”. “Logicamente, esperamos a resposta e que isso não se repita”, completou o chanceler.

Operação
A operação teve início no dia 22 de julho, com o objetivo de reprimir crimes transfonteiriços. Os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rondônia compreendem a Área de Operações Oeste, com cerca de 4,5 mil quilômetros de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai.

Participaram cerca de 11 mil militares da Marinha, Exército e Força Aérea, em integração com as polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil. Foram empregadas 340 viaturas, 76 embarcações e 26 aeronaves das Forças Armadas. (AFP)

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